‘Por Agência EFE
Os senadores norte-americanos Marco Rubio e Tim Kaine denunciaram na terça-feira a “inação” do governo mexicano diante dos assassinatos de jornalistas naquele país e instaram o Departamento de Estado a requisitar ao México que faça mais para proteger os repórteres.
“Escrevemos para expressar nossa profunda preocupação com os contínuos assassinatos de jornalistas no México e para entender melhor os esforços dos Estados Unidos em apoio à liberdade de imprensa naquele país”, afirmaram os dois senadores em uma carta enviada ao secretário de Estado, Antony Blinken.
Na carta, eles criticam “a inação do governo do presidente Andrés Manuel López Obrador em abordar seriamente as ameaças que os jornalistas enfrentam” no México e lamentam que o presidente “continua a criticar os jornalistas que criticam seu governo em vez de defender a liberdade de expressão”.
“Os Estados Unidos devem instar o governo mexicano a melhorar os esforços para proteger os jornalistas”, afirmaram Rubio e Kaine, do Partido Republicano e do Partido Democrata, respectivamente.
Além disso, eles consideraram que para mitigar essa violência “a problemática relação entre funcionários públicos e cartéis” do narcotráfico deve ser abordada.
Os senadores, ambos membros do Subcomitê de Relações Exteriores da Câmara Alta para o Hemisfério Ocidental, afirmaram que nove jornalistas mexicanos foram vítimas de homicídios em 2021 e até agora neste ano “quatro foram brutalmente assassinados”.
“É muito preocupante que esta guerra contra a imprensa esteja ocorrendo em um país com uma democracia consolidada”, insistiram.
O México é considerado um dos países mais perigosos do mundo para reportar notícias e informações.
A ONG Artigo 19 contabiliza 148 jornalistas mortos por seu trabalho de 2000 até hoje, 28 deles durante o mandato de López Obrador, que começou em dezembro de 2018.
Nas primeiras semanas de 2022, pelo menos quatro jornalistas foram mortos, entre eles Lourdes Maldonado, que havia pedido proteção ao Governo, o que chocou o país.
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