Senador dos EUA pede bloqueio naval para entrada de petróleo venezuelano em Cuba

A Venezuela é o principal parceiro e patrocinador de Cuba, país para o qual contribui com aproximadamente metade de sua demanda de petróleo a preços subsidiados

09/05/2019 16:24 Atualizado: 09/05/2019 16:24

Por alberto.peralta

O senador norte-americano Rick Scott propôs na quarta-feira (8) o “bloqueio naval” para Cuba a fim de impedir a chegada de petróleo venezuelano à ilha por considerar fracassadas as sanções econômicas impostas pelo governo dos Estados Unidos para o regime venezuelano.

“Cuba é a força mais poderosa que apoia o regime de (Nicolás) Maduro na Venezuela, em grande parte por causa do petróleo gratuito que recebem em troca. É petróleo em troca de repressão”, disse o senador republicano da Flórida em uma declaração por escrito.

Ele disse que “está claro que as sanções destinadas a bloquear o fluxo de petróleo da Venezuela para Cuba não estão funcionando”.

A Venezuela é o principal parceiro e patrocinador de Cuba, país para o qual contribui com aproximadamente metade de sua demanda de petróleo a preços subsidiados e ambos formam, junto com a Nicarágua, o bloco bolivariano que o assessor do presidente Donald Trump, John Bolton, batizou como a “troika da tirania”.

“É claro que os Estados Unidos deveriam considerar o uso de recursos navais para bloquear o fluxo de petróleo entre as duas ditaduras. O presidente (Trump) levantou a ideia de um embargo total a Cuba. Eu concordo com ele”, ressaltou.

Scott, que foi governador da Flórida, disse que os Estados Unidos deveriam considerar um bloqueio naval que impeça o transporte de petróleo entre Caracas e Havana.

“Cortar o suprimento de petróleo para o regime de Castro seria a ação mais eficaz que podemos tomar para acabar com o regime brutal de Nicolás Maduro”, disse ele.

“Precisamos agir agora para capitalizar a fraqueza de Maduro e acabar com sua ditadura. Bloqueiem Cuba, e vocês eliminam as forças políticas que apoiam o genocídio na Venezuela”, disse ele.

Por outro lado, a vice-presidente da Colômbia, Marta Lucía Ramírez, solicitou nesta quarta-feira em Washington mais sanções econômicas contra o “regime criminoso de Nicolás Maduro na Venezuela” e encorajou os outros estados a “usar todos os mecanismos disponíveis” em favor da democracia.