Por Anastasia Gubin, Epoch Times
O Secretário de Estado da Organização dos Estados Americanos pediu a Nicolás Maduro que entregue às autoridades colombianas a parlamentar fugitiva que foi presa nesta segunda-feira, 28 de janeiro, pelas Forças Armadas Especiais (FAES).
“Cabe ao regime de Nicolás Maduro entregar às autoridades colombianas a fugitiva Aída Merlano, ex-congressista que escapou da prisão onde cumpria pena por corrupção e que foi detida no território da Venezuela”, escreveu Almagro em sua conta no Twitter, respondendo a uma declaração do Ministério da Justiça da Colômbia.
Nicolás Maduro condicionou na segunda-feira a entrega de prisioneiros colombianos “a que se mantenham relações políticas e de comunicação permanentes para resolver os problemas”, salientando que ele tem cerca de 30 prisioneiros.
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“Para quem nós vamos entregá-los?”, disse Maduro, segundo declarações divulgadas pela agência de notícias estatal VTV Canal 8. “Não há ninguém para entregá-las na Colômbia”, acrescentou, culpando o presidente Iván Duque, que não mantém relações diplomáticas com a ditadura.
“A política extremista ideologizada no campo internacional com a Venezuela imposta pelo vice-presidente Duque, o que ela trouxe foi um atraso na questão da segurança e cooperação entre os dois países”, afirmou Maduro.
O Ministério da Justiça da Colômbia anunciou nas redes sociais que “ao meio-dia, através de informações de inteligência da Polícia Nacional, foi estabelecido que a Sra. Aída Merlano foi capturada na Venezuela, na cidade de Maracaibo, estado de Zulia.” “Esta informação foi amplamente divulgada pela mídia ao longo do dia.”
“Como todos sabem, a Colômbia, juntamente com vários países da América Latina e do resto do mundo, não reconhece e, portanto, não tem relações diplomáticas com o regime ditatorial de Nicolás Maduro”, disse ele em outra mensagem do Ministério, acrescentando que “quando o juiz competente solicitar a extradição da senhora Aída Merlano, o Governo Nacional fará o pedido perante o legítimo governo da Venezuela, chefiado por Juan Guaidó”, acrescentou.
O diretor das Forças de Ações Especiais (FAES) da Guarda Nacional Bolivariana da Venezuela, José Miguel Dominguez, compartilhou em sua conta do Twitter e no Instagram imagens da captura de Aída Merlano pelas FAES, divulgadas nas redes sociais.
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A captura ocorreu no setor de El Milagro, na cidade de Maracaibo, no estado de Zulia, enquanto a ex-congressista estava com outro cidadão colombiano sem documentos. “Ambos foram transferidos e colocados sob ordem do Ministério Público”, informou as FAES. Segundo uma autoridade, ao que parece, ela usava cabelos loiros quando foi presa.
Aída Merlano está foragida da justiça desde 1º de outubro de 2019, quando escapou de um consultório odontológico em Bogotá, através de uma corda jogada para a rua onde uma motocicleta a esperava. Ela havia sido autorizada a deixar a prisão de El Buen Pastor para fazer um tratamento dentário, informou a autoridade.
A mulher foi representante perante a Câmara do Atlântico no período de 2014-18. Quando em 2018 tentou chegar ao Senado, descobriu-se que sua eleição foi conseguida com a compra de votos. Em setembro de 2019, a Suprema Corte a condenou a 15 anos de prisão.
Nicolás Maduro parabenizou as FAES pela captura, e o procurador-geral nomeado pela Assembleia Nacional Constituinte da ditadura anunciou que Merlano foi acusada de crimes de usurpação de identidade, uso de documentos falsos e associação criminosa.
Saab também indicou que também foi acusado, pelo mesmo motivo, um colombiano identificado como Yeico Manuel Vargas Silvera, por “ocultação e associação criminosa”.
O advogado de Merlano disse ao jornal El Tiempo que eles estão aguardando a extradição ou deportação da ex-congressista.
“Estamos aguardando que o governo da Venezuela defina qual dos mecanismos legais será acionado para enviá-la para a Colômbia: extradição ou deportação”, disse o criminalista Bladimir Cuadro, advogado de Merlano na Colômbia.
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