O ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, afirmou nesta sexta-feira, durante uma conferência realizada em Roma sobre “Perspectivas europeias para uma defesa comum”, que se tanques russos chegassem a Kiev, começaria a “Terceira Guerra Mundial”.
As declarações, repercutidas pela imprensa italiana, ocorreram após Crosetto se reunir com seu homólogo francês, Sebastien Lecornu, durante uma reunião que se concentrou no apoio à Ucrânia e na defesa do flanco oriental da OTAN, segundo detalhes de um comunicado posterior da pasta de Defesa italiana.
Segundo o ministro italiano, a Terceira Guerra Mundial poderia começar “no momento em que os tanques russos chegarem a Kiev” e, portanto, “nas fronteiras da Europa”.
“Garantir que isso não aconteça é a única maneira de impedir a Terceira Guerra Mundial”, advertiu Crosetto.
Da mesma forma, o ministro italiano pediu que se mude a linguagem e garantiu que a OTAN está apenas ajudando a Ucrânia a se defender da agressão russa.
Crosetto já havia assegurado na quinta-feira que seu país enviará apenas armas defensivas para proteger a Ucrânia da agressão russa e “frear” uma escalada no conflito.
“Devemos ter coragem de tomar decisões difíceis para evitar situações piores. Os primeiros a querer evitar uma escalada são os países europeus e da OTAN. Todos esperamos a possibilidade de estabelecer uma mesa de paz”, disse o ministro em entrevista transmitida pela emissora de televisão “La7”.
Crosetto aproveitou a ocasião para desmentir a informação divulgada pelo jornal “Il Corriere della Sera” sobre um suposto envio de drones de última geração para a Ucrânia que não estaria incluída nos decretos aprovados pelo Executivo do país.
“Se fosse verdade, seria crime porque o Ministério da Defesa e o Estado não estão cientes, alguém teria que ir para a cadeia”, declarou, um dia depois de afirmar que a Itália colaborará com a França para fornecer à Ucrânia mísseis antiaéreos Samp/T.
Para a pasta de Defesa italiana, o novo envio de armas e materiais para a Ucrânia, o sexto e que foi recentemente aprovado pelo Parlamento, é “inexpugnável mesmo do ponto de vista pacifista”.
“A ajuda à Ucrânia, mesmo a militar, é o que afasta a possibilidade de uma escalada dramática de um conflito que se mantém entre duas nações”, acrescentou Crosetto antes de afirmar que “não há conflito entre italianos e russos”.
“Os italianos continuam amigos dos russos, espero que as relações entre os povos continuem a ser baseadas no respeito e na amizade”, completou.
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