O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, disse nesta segunda-feira (26) em Solingen, oeste do país, que sente “raiva” dos islâmicos após o ataque na cidade onde morreram três pessoas e anunciou medidas para reduzir o risco de ataques semelhantes no futuro.
“Sinto raiva, minha raiva é dirigida contra os islâmicos. Vocês têm que saber que não vamos parar nossa perseguição”, disse Scholz em uma aparição ao lado do primeiro-ministro da Renânia do Norte-Vestfália, Hendrik Wüst, e do prefeito de Solingen, Tim Kurzbach.
Scholz referiu-se à intenção de acelerar as expulsões de estrangeiros que não têm o direito de permanecer na Alemanha e de conseguir um melhor controle sobre a migração.
“Trata-se de terrorismo, terrorismo contra todos nós e contra o nosso modo de vida. Isso é algo a que não podemos habituar-nos e que nunca iremos tolerar”, disse.
Na noite de sexta-feira (23), durante uma festa para comemorar o 650º aniversário da cidade de Solingen, um homem começou a atacar os participantes com uma faca, matando três e ferindo vários.
A polícia prendeu um homem sírio de 26 anos que considera responsável e que foi colocado à disposição do Ministério Público.
A organização terrorista Estado Islâmico reivindicou o ataque e disse em um comunicado que foi um dos seus soldados que “atacou cristãos para vingar a morte de muçulmanos na Palestina e em outros lugares”.
O detido deveria ter sido deportado para a Bulgária, onde inicialmente solicitou asilo, mas a deportação não foi possível.
Wüst, em nome do governo regional, disse que o que aconteceu no caso específico deveria ser investigado.
Por outro lado, Wüst pediu àqueles que tentaram explorar o ataque para fins políticos, se referindo a algumas manifestações de extrema-direita, que “deixassem Solingen em paz”.
“O que esta cidade precisa é de tranquilidade para enfrentar o que aconteceu. Quando nos deparamos com algo assim, sempre surge a pergunta: por quê? E nós, líderes políticos, temos que nos perguntar o que devemos fazer”, afirmou.
Wüst insistiu na necessidade de acelerar os processos de expulsão e evitar que determinado tipo de pessoas entrem na Alemanha. Além disso, disse que deveria ser estudado se as agências de segurança não precisam de mais competências e mais ferramentas para enfrentar o terrorismo.