O novo presidente do Paraguai, Santiago Peña, recordou a situação na Ucrânia durante seu discurso de posse e instou todas as partes envolvidas no conflito a “interromper imediatamente as ações militares para evitar mais vítimas e danos”.
“Mantemos vínculos econômicos, culturais e históricos com o povo russo, mas não podemos ficar indiferentes à agressão militar sofrida pelo povo ucraniano, com terríveis consequências para o desenvolvimento humano”, declarou Peña no Palacio de los López, sede do governo paraguaio.
Nesse sentido, comentou que a Ucrânia está sofrendo “o mesmo destino que o Paraguai sofreu durante a Guerra Grande” ou da Tríplice Aliança (1864-1870), na qual enfrentou uma coalizão formada por Brasil, Argentina e Uruguai.
“Fomos invadidos por potências maiores e como consequência perdemos 60% do nosso território e 90% da população masculina. Este conflito deixou graves consequências até hoje. 153 anos após o fim da guerra, continuamos nosso processo de recuperação”, destacou.
Da mesma forma, o novo presidente paraguaio ressaltou que acredita no diálogo e não na força como mecanismo para solucionar qualquer controvérsia.
“Apoiamos as iniciativas de paz promovidas tanto pelo Brasil, país irmão e aliado estratégico, quanto pelo papa Francisco, que tivemos o orgulho de receber em 2015 e cuja comovente presença ainda hoje inspira todos os paraguaios”, acrescentou Peña.
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