Rutte quer trabalhar com Trump sobre ameaça de Rússia, Irã, Coreia do Norte e China

Por Agência de Notícias
07/11/2024 14:48 Atualizado: 07/11/2024 14:48

O secretário-geral da OTAN, Mark Rutte, disse nesta quinta-feira (07) que espera trabalhar “coletivamente” com o próximo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, diante da ameaça representada pela parceria da Rússia com Irã, Coreia do Norte e China contra a Ucrânia.

“Agora que os (militares) norte-coreanos estão posicionados na Rússia, vemos que cada vez mais Coreia do Norte, Irã, China e, é claro, Rússia, estão colaborando, trabalhando juntos contra a Ucrânia”, afirmou Rutte a jornalistas em sua chegada à cúpula da Comunidade Política Europeia.

“Estou ansioso para me sentar com o presidente Trump e ver como podemos lidar coletivamente com essa ameaça e manter nossa parte do mundo segura”, acrescentou.

O político holandês disse que a eleição do candidato do Partido Republicano para um outro mandato é “realmente um enorme sucesso para ele”, além de mencionar o fato de que os republicanos garantiram o controle de ambas as casas do Congresso dos EUA.

Rutte lembrou que, durante o primeiro governo de Trump, o presidente americano estimulou o aumento da meta de gastos militares dos aliados para mais de 2%, e disse que agora “é preciso fazer mais” porque as metas não serão alcançadas se permanecerem nesse patamar.

“Trabalhei muito bem com ele (quando era primeiro-ministro da Holanda) porque ele é muito claro sobre o que quer. Ele entende que é preciso negociar para chegar a posições comuns. E acho que podemos fazer isso”, acrescentou.

Rutte expressou preocupação com o fato de a Rússia ter recorrido ao apoio da Coreia do Norte em troca do fornecimento de tecnologia a esse país, o que, segundo ele, “ameaça no futuro” tanto a Europa quanto os EUA e os países do Indo-Pacífico.

“Se a Rússia tiver sucesso na Ucrânia, teríamos uma Rússia ousada em nossa fronteira, tendo conquistado território, tendo conquistado a enorme Força de Defesa ucraniana, mas também a engenhosidade do povo ucraniano”, opinou.

“Isso seria uma ameaça não apenas para a Europa, a parte europeia da OTAN, mas também para os EUA. E é por isso que, coletivamente, temos que trabalhar não apenas a ameaça da Rússia, mas também o fato de que esses quatro países trabalham juntos”, enfatizou Rutte.

O secretário-geral da OTAN considerou que muito em breve será visto que os próprios EUA também estão ameaçados por esses últimos avanços tecnológicos, graças ao fato de a Rússia fornecer seu mais recente know-how e tecnologia à Coreia do Norte”.