A Rússia voltou a recorrer a prisioneiros comuns como principal fonte de recrutamento para compensar as enormes baixas que sofre na frente de batalha, declarou nesta quarta-feira o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, citando informações recebidas de seus serviços de inteligência.
“Nesta fase, o Exército russo fez dos prisioneiros a sua principal fonte para repor as perdas no campo de batalha”, escreveu Zelensky nas suas redes sociais depois de se reunir com a cúpula militar e de segurança da Ucrânia.
O presidente ucraniano também foi informado da complicada situação na frente oriental devido ao frio e às primeiras nevascas.
Zelensky descreveu como “difícil” o trabalho defensivo que está sendo realizado pelo Exército ucraniano nas áreas de Liman, Bakhmut, Donetsk e Avdvivka, todas elas na frente oriental e sob constantes ataques da Rússia.
O chefe de Estado lembrou ainda que a Ucrânia continua efetuando “ações ofensivas no sul”, em referência à frente da província de Zaporizhzhya, onde as forças de Kiev tentam avançar em direção à cidade ocupada de Melitopol.
Os comandantes militares também informaram Zelensky sobre as consequências dos ataques russos contra infraestruturas civis nas cidades meridionais de Kherson, Berislav e Nikopol.
Neste último município, localizado na região de Zaporizhzhya, “o inimigo atacou a rede de abastecimento de água”, mas equipes de funcionários públicos especializados estão trabalhando para retomar o fornecimento de água corrente.
Em relação ao Mar Negro, Zelensky destacou que o corredor aberto para a exportação de cereais dos portos ucranianos continua ativo e “nos últimos dias” registrou “um volume recorde de mercadorias transportadas”.
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