Rússia vai reorientar políticas econômicas para a Ásia, diz Lavrov

Por Agência de Notícias
07/12/2022 16:48 Atualizado: 07/12/2022 16:49

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov anunciou nesta quarta-feira que o país vai reorientar suas políticas econômica e externa em relação à Ásia em meio a seu antagonismo com o Ocidente por causa da guerra na Ucrânia.

“Estamos deslocando pessoas (funcionários públicos) da linha ocidental para a linha oriental, para a linha asiática”, disse Lavrov em um fórum internacional realizado em Moscou.

Ele afirmou que uma reunião dos Ministérios das Relações Exteriores e do Desenvolvimento Econômico será realizada antes do fim do ano para discutir a questão em detalhes.

O objetivo, segundo Lavrov, é coordenar o trabalho de embaixadas, câmaras de comércio e representações de grandes empresas estatais para redirecionar suas atividades para o continente asiático.

Ele também reconheceu que as relações com a América Latina, a África, e o espaço pós-soviético também continuam a ser “prioridades” para Moscou.

Ainda de acordo com Lavrov, após a imposição de sanções à Rússia por causa da guerra na Ucrânia, o presidente do país, Vladimir Putin, classificou os países ocidentais como não confiáveis e passou a estimular a busca por novos parceiros em outros continentes.

Na última segunda-feira, os primeiros-ministros de Rússia e China, Mikhail Mishustin e Li Kequiang, pediram que o comércio bilateral seja aumentado para US$ 200 bilhões.

De acordo com o chefe do governo chinês, a maior parte do comércio é de produtos agrícolas e hidrocarbonetos.

“O lado chinês está pronto, juntamente com seus parceiros russos, para continuar aprofundando a cooperação em larga escala para o bem de nossos povos, a paz no planeta, a estabilidade regional e o desenvolvimento de todos os Estados”, disse Li durante o encontro.

Segundo Mishustin, durante os primeiros dez meses deste ano, o comércio aumentou 33% e está se aproximando da marca de US$ 150 bilhões.

Nesta semana, a Ucrânia condenou a decisão da Índia de continuar a aumentar as importações de petróleo a preços abaixo do mercado para fazer da Rússia seu principal fornecedor de petróleo bruto.

 

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