A Rússia usou 83 mísseis e 17 drones de fabricação iraniana nos bombardeios realizados nesta segunda-feira (10) contra diversas cidades da Ucrânia, segundo informe divulgado por Hanna Maliar, vice-ministro ucraniano da Defesa.
Segundo um porta-voz da força aérea da Ucrânia, citado pelo jornal local “Kyviv Independent”, 43 dos mísseis lançados foram derrubados pelas defesas ucranianas.
Maliar confirmou também a utilização, por parte das forças russas, de 17 drones do tipo Shahed, fabricados pelo Irã, lançados a partir de Belarus e da Crimeia.
O lançamento dos mísseis contra Kiev, Lviv, Pryluky, Khmelnytskyi, Dnipro, Nizhyn, Zhytomyr e Kharkiv foram feitos desde o mar Cáspio e de Nizhni Novgorod, cidade localizada no oeste da Rússia, segundo informação do Ministério da Defesa ucraniano.
Os bombardeios russos em grande escala deixaram um número total indeterminado de mortos, enquanto a população busca refúgio. Apenas em Kiev, a informação iniciada foi de oito vítimas e de 42 feridos.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, indicou hoje, em mensagem enviada ao povo ucraniano, que os ataques em massa em várias regiões da Ucrânia têm como objetivo atingir a infraestrutura energética e provocar baixas entre a população civil.
“A manhã é dura. Estamos lidando com terroristas. Dezenas de mísseis Shaheds iranianos. Têm dois alvos”, afirmou o chefe de Estado ucraniano.
O primeiro, de acordo com Zelensky, são instalações de energia em todo território da Ucrânia, e o segundo “são as pessoas”.
“Alvos assim estão sendo, especialmente, escolhidos, para causar o maior dano possível”, garantiu Zelensky.
O drone Shahed 136 é um aparato aéreo teleguiado e não tripulado, desenvolvido pela companhia Hesa, que entrou em serviço em 2021.
Com um raio de ação de 2.500 quilômetros, a arma é utilizada exclusivamente para ataques seletivos.
Ameaças de Putin
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou nesta segunda-feira a Ucrânia, com mais respostas “firmes”, como ataques com mísseis ainda nesta segunda-feira, “no caso” de seguirem as “tentativas de realizar atentados terroristas em nosso território”.
O aumento dos bombardeios acontece depois de uma explosão no sábado que causou danos na ponte da Crimeia, um revés para a logística bélica de Moscou.
Pela estrutura, a Rússia transportava equipamento militar pesado e material para as tropas no sul da Ucrânia.
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