De acordo com a mídia RT, apoiada pelo Estado russo, um teste da Força Aérea Russa disparou uma possível nova versão do míssil antibalístico 53T6 na zona de testes de Sary Shagan no Cazaquistão.
“O míssil antibalístico seguiu o plano de voo e atingiu com êxito um alvo simulado”, disse o coronel Andrey Prikhodko, da Força Aérea Russa. O oficial não elaborou sobre o teste, mas disse que todos os seus objetivos foram “satisfeitos integralmente”.
O ministério lançou um vídeo que mostra o míssil sendo transportado num contêiner de um caminhão pesado. E em seguida municiado num silo e disparado.
O ministério diz que o novo míssil protegerá Moscou de um possível ataque com mísseis.
Uma declaração do Ministério da Defesa russo dizia: “No campo de treinamento de Sary-Shagan, pelos cálculos de combate de forças antiaéreas e antimísseis, um novo míssil atualizado do sistema de defesa de mísseis russo foi lançado com sucesso.”
“O sistema de defesa antimíssil baseia-se na força aeroespacial e destina-se a proteger a cidade de Moscou de ataques aéreos e espaciais, bem como desempenhar tarefas no interesse de sistemas de alerta de ataque com mísseis e controle espacial.”
Esses movimentos ocorrem após autoridades russas queixaram-se sobre os sistemas de defesa antimíssil dos EUA no Japão e na Coreia do Sul.
“Expressamos profunda preocupação, com fatos para apoiar, que o Japão, juntamente com a Coreia do Sul, estão se tornando territórios para a implantação de elementos do sistema global de defesa antimíssil dos EUA que está sendo se desenvolvendo nessa região sob o pretexto de uma ameaça da Coreia do Norte”, disse o ministro das relações exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, de acordo com o The Independent.
“Não temos problemas diretamente com o Japão, não vemos riscos lá. Vemos riscos devido à proliferação de um sistema global de defesa de mísseis dos EUA no território de países vizinhos da Rússia, incluindo o Japão.”
O ministro das relações exteriores do Japão, Taro Kono, respondeu que o Japão e seus aliados não estão buscando uma mudança de regime na Coreia do Norte, dizendo que foi Pyongyang que disparou mísseis sobre o território japonês.
“Esta é uma ameaça mais importante e mais urgente, não apenas para o Japão e a Rússia, mas para a comunidade internacional como um todo. [O comportamento da Coreia do Norte] é absolutamente inaceitável”, disse Kono.
“Acreditamos que é necessário usar todos os meios possíveis e aumentar a pressão sobre a Coreia do Norte tanto quanto possível para interromper o seu programa nuclear e de lançamentos de foguetes”, afirmou ele.