Rússia tem drone nuclear submarino capaz de carregar ogiva de 100 megatons

18/01/2018 21:25 Atualizado: 18/01/2018 21:25

A Rússia tem um drone nuclear submarino que pode levar uma ogiva nuclear de 100 megatons, de acordo com um relatório vazado recentemente.

Um rascunho da Revisão da Postura Nuclear do Pentágono observou que a arma faz parte do arsenal nuclear expandido da Rússia.

“Além de modernizar os sistemas ‘do legado’ nuclear soviético, a Rússia está desenvolvendo e implantando novas ogivas e lançadores nucleares. Esses esforços incluem várias atualizações para cada eixo da tríade nuclear russa de bombardeiros estratégicos, mísseis baseados no mar e mísseis terrestres”, disseram os funcionários no rascunho, publicado pelo Huffington Post.

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“A Rússia também está desenvolvendo pelo menos dois novos sistemas de alcance intercontinental, um veículo de deslizamento hipersônico e um novo torpedo nuclear submarino autônomo intercontinental.”

Um porta-voz do Departamento de Defesa dos Estados Unidos declinou comentar até que a versão final do relatório seja divulgada em fevereiro.

Mas o rascunho é a primeira vez que o Departamento de Defesa dos EUA reconheceu a capacidade de drone nuclear subaquático, de acordo com a Defense News.

O drone submarino foi testado pelo menos uma vez, em novembro de 2016, relatou o Washington Free Beacon (WFB), citando fontes não identificadas do Pentágono.

O WFB, citando a televisão russa, disse que o drone possui um alcance de 10 mil quilômetros, uma velocidade máxima de cerca de 56 nós e a capacidade de mergulhar até um quilômetro (mil metros) abaixo do nível do mar.

Na revisão do Pentágono, os funcionários dizem que os Estados Unidos precisam desenvolver armas similares para expandir seu arsenal nuclear e “aumentar a dissuasão ao negar aos potenciais adversários qualquer confiança equivocada de que o emprego nuclear limitado pode proporcionar uma vantagem útil sobre os Estados Unidos e seus aliados”.

Continuando, as autoridades disseram: “Por exemplo, a crença da Rússia de que o uso nuclear limitado primeiramente, incluindo potencialmente armas de baixa potência, pode proporcionar tal vantagem, baseando-se em parte na percepção de Moscou de que seu maior número e variedade de sistemas nucleares não estratégicos os oferecem uma vantagem coerciva em crises e níveis inferiores de conflito. Corrigir essa percepção equivocada russa é um imperativo estratégico.”

Em 2016, o vice-presidente dos Chefes de Estado-Maior, Paul Selva, observou num evento em Washington que os militares dos EUA precisam de armas nucleares menores que não causariam grande mortandade, reportou a Defense One.

“Se tudo o que você tem são armas de grande potência para responder a um ataque de baixa potência, isso ainda é um ataque nuclear. Responder a isso com uma arma convencional provavelmente não terá o tipo de valor dissuasivo dizendo: ‘Mesmo se você usar uma arma de baixa potência, temos opções para responder’”, disse ele. “Se as únicas opções que temos é usar armas de alta potência que criem um nível de mortandade indiscriminada que o presidente não julgue aceitável, então não lhe apresentamos uma opção para responder a um ataque nuclear de modo similar.”

O presidente estadunidense Donald Trump disse em outubro que quer todo o arsenal nuclear em perfeito estado, informou a ABC News.

“Eu quero a modernização e quero uma reabilitação total”, disse ele no Salão Oval da Casa Branca. “Isso tem de estar em plena forma.”

O vazamento do rascunho ocorre poucos dias depois que um funcionário do governo do Havaí causou terror após erroneamente pressionar um botão que acionou um alerta de mísseis destinado a avisar os moradores do estado.

NTD Television