A “Justiça” da Rússia ordenou nesta segunda-feira a prisão pelo suposto crime de promoção do terrorismo de Andy Stone, porta-voz da gigante tecnológica Meta, empresa proibida neste país desde março de 2022.
O Tribunal Basmanni de Moscou aprovou a medida preventiva contra Stone sob os termos da cláusula do artigo 205 do Código Penal sobre a promoção de atividades terroristas durante o exercício do trabalho profissional.
Stone, que se tornou alvo de um mandado de busca e captura do Ministério do Interior russo no final de semana, pode ser condenado a 20 anos de prisão.
A decisão ainda não entrou em vigor, uma vez que a defesa do porta-voz da Meta apresentou um recurso perante o tribunal municipal da capital russa.
O Comitê de Instrução Russo (CIR) acusou Stone em março de anunciar a suspensão temporária da proibição em suas plataformas de apelos à violência contra os militares russos, por considerá-la uma forma de expressão política contra a campanha militar russa na Ucrânia.
Em seguida, o CIR prometeu avaliar juridicamente as ações de Stone e de outros trabalhadores da corporação americana no âmbito de um processo criminal.
Stone explicou então que a Meta não permite ameaças de morte “críveis” contra civis russos, embora, segundo Moscou, o faça contra o líder russo, Vladimir Putin.
Em março de 2022, um mês após o início da guerra na Ucrânia, a Justiça russa proibiu as atividades da Meta, controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, classificando-a como organização extremista, uma decisão que foi condenada pelos Estados Unidos.
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