A Rússia lançou nesta sexta-feira o maior ataque com mísseis contra a Ucrânia desde o início da invasão ao país vizinho, quase um ano atrás, segundo informações divulgadas pelo exército de Kiev.
O porta-voz da Força Aérea ucraniana, Yurii Ihnat, divulgou as informações sobre o ataque em massa em declarações à emissoras locais de televisão, segundo veiculou hoje a agência de notícias “Ukrinform”.
As tropas russas, segundo o militar, “dispararam um número recorde de mísseis do tipo S-300 contra a Ucrânia à noite, incluindo até 35 nas regiões de Zaporizhzhia (no sudeste) e Kharkiv (no nordeste do país). esse, provavelmente, foi um ataque recorde”.
Ihnat garantiu que as tropas da Rússia usaram este tipo de armas “para aterrorizar”.
O porta-voz da Força Aérea da Ucrânia garantiu que “mísseis inimigos” foram derrubados com o uso de projéteis semelhantes aos que os russos lançaram “em cidades densamente povoadas”.
Além disso, Ihnat afirmou que o exército da Rússia está lançando os mísseis de distâncias maiores, o que aumentaria a possibilidade de que atinjam alvos de forma arbitrária.
O militar garantiu que a Ucrânia tem todo o direito de adotar represálias e destruir os lançadores destes projéteis, onde quer que estejam localizados.
“Nossos aviões de combate atacam esses sistemas de mísseis antiaéreos com mísseis anti-radar HARM todos os dias. Mas, por enquanto, isso não é suficiente. Precisamos de armas mais poderosas e de uma resposta adequada”, garantiu Ihnat.
O ataque lançado hoje pela Rússia atingiu inúmeras áreas da Ucrânia, incluindo cidades como Kiev, Odessa, Lviv e a província de Zaporizhzhia, onde está a maior central nuclear da Europa.
As ações acontecem duas semanas antes de que seja completado um ano do início da invasão do país e poucas horas depois que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tenha feito visita ao Reino Unido e França, além de participado de cúpula da União Europeia, em Bruxelas, na Bélgica.
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