Em resposta ao anúncio de um cessar-fogo unilateral de 36 horas, a OTAN recordou nesta sexta-feira, em comunicado, que foi a Rússia que começou a guerra na Ucrânia e que o presidente russo, Vladimir Putin, “pode pará-la hoje” tirando as tropas do país vizinho.
A porta-voz da Aliança Atlântica, Oana Lungescu, também mencionou a resposta do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que acusou a Rússia de querer “usar o Natal (ortodoxo) como um disfarce” para impedir o avanço do Exército da Ucrânia no Donbas e reagrupar equipes e munições.
“O presidente Zelensky deixou clara a posição da Ucrânia sobre este autodenominado cessar-fogo. Esta guerra foi iniciada pela Rússia e o presidente Putin pode pará-la hoje tirando suas tropas da Ucrânia. Em vez disso, vimos as forças russas lançando ataques com mísseis e drones em cidades e infraestrutura civil durante muitos meses”, comentou Lungescu.
Estes ataques, segundo Lungescu, também ocorreram no Natal e no Ano Novo, enquanto que, de acordo com Moscou, a decisão de Putin atende ao pedido do patriarca da Igreja Ortodoxa Russa, Kirill, de estabelecer uma trégua durante o Natal ortodoxo, celebrado em 7 de janeiro.
“A Otan seguirá apoiando a Ucrânia na defesa de seu direito à autodefesa, consagrado na Carta das Nações Unidas”, acrescentou a porta-voz.
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