Por EFE
O vice-primeiro-ministro da Rússia, Alexander Novak, disse nesta segunda-feira que o acordo do G7 alcançado na última sexta para tentar colocar um teto no preço do petróleo exportado pelo país cria incerteza no mercado global.
Novak falou à televisão estatal russa após uma reunião por teleconferência do grupo Opep+ (liderado pela Rússia e a Arábia Saudita e que conta com 23 países), que hoje decidiu reduzir o fornecimento conjunto de petróleo em 100 mil barris por dia a partir de 1º de outubro.
O grupo vai agora monitorar “como a situação no mercado se desenvolve” diante de várias incertezas.
“Há muitas incertezas, incluindo aquelas associadas à produção em países que não fazem parte do acordo (Opep+), declarações de líderes individuais do G7 e questões sendo consideradas sobre a imposição de um preço máximo para a compra de petróleo russo”, disse o vice-premiê.
“É por isso que concordamos em continuar a nos reunir mensalmente para fornecer as soluções mais racionais para o mercado”, acrescentou.
Novak afirmou que a decisão de hoje da aliança se deve ao fato de que o mercado global está passando por uma desaceleração no crescimento econômico.
“A situação é tal que nos permite reagir. Vemos que o PIB e o crescimento da economia mundial foram corrigidos. Anteriormente se previu um nível de crescimento de 3,5%, estima-se agora que seja de 3,1%. É por isso que, como parte de nosso acordo, decidimos ajustar as cotas”, comentou.
Ele também alegou que os países participantes do Opep+ não moldam nenhum preço de petróleo com suas decisões, mas equilibram o mercado.
“Temos uma ferramenta flexível. E nós temos uma abordagem racional sobre como equilibrar o mercado. E, aqui, o principal é que não estamos falando sobre a formação de algum tipo de preço, mas sobre a suficiência do abastecimento para o mercado. Para que, por um lado, não haja excedente. Por outro, que não haja falta”, enfatizou.
A Novak também disse que a demanda de petróleo ainda está em processo de retorno aos níveis pré-pandemia de covid.
“E esperamos que no início do próximo ano atinjamos os indicadores correspondentes, acima de 100 milhões de barris por dia de demanda de petróleo. Estamos trabalhando, continuamos a interagir para atingir este nível sem problemas”, acrescentou.
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