Por EFE
Viena/Moscou, 9 abr – A Rússia e a Arábia Saudita vão reduzir a produção de petróleo em 2,5 milhões de barris por dia (mbd), cada uma, de acordo com o projeto de acordo que está sendo debatido pelos ministros da aliança Opep+ e outros produtores.
Com isso, em maio e junho, a produção de cada um desses dois grandes produtores será de 8,5 milhões de barris por dia, informou nesta quinta-feira a agência estatal de notícias russa “Tass”.
Segundo a minuta do acordo, os países da aliança Opep+ (Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados) limitarão a produção em 10 milhões de barris por dia, de 43,8 mbd para 33,8 mbd. Para cada país participante do corte, a produção deve diminuir em 23%, ainda de acordo com a “Tass”.
O pacto prevê que o Iraque reduzirá as extrações em 1 milhão de barris por dia; os Emirados Árabes Unidos, em 700 mil bd; a Nigéria, em 420 mil bd, e o México, em 400 mil bd.
O objetivo é manter o fornecimento limitado por dois anos, embora com pequenos aumentos escalonados: de 1º de julho até 31 de dezembro, o corte de 10 mbd será reduzido a 8 mbd, e entre janeiro de 2021 e abril de 2022, a 6 mbd.
Venezuela, Irã e Líbia, parceiros da Opep, continuarão fora do compromisso de limitar as extrações devido às quedas involuntárias em suas atividades petrolíferas por vários motivos.
Mais de dez horas após a abertura da teleconferência dos ministros do petróleo do grupo de produtores, que ocorreu nesta quinta, a proposta havia sido acordada por todos os países, com exceção do México.
Após uma pausa para deliberações, a reunião foi retomada com o México, disseram à Agência Efe fontes de uma delegação que participou das negociações.