Por Reuters
A Rússia, na sexta-feira, acusou a Alemanha de colocar a segurança da Europa em desequilíbrio ao se “remilitarizar”, enquanto Berlim se move para aumentar seus gastos militares em resposta à invasão da Ucrânia por Moscou.
Em comentários publicados em jornais alemães esta semana, o chanceler Olaf Scholz disse que Berlim em breve terá o maior exército convencional dos membros europeus da OTAN.
“Percebemos a declaração do chanceler alemão como mais uma confirmação de que Berlim estabeleceu seu rumo a uma remilitarização acelerada do país. Como isso pode acabar? Infelizmente, isso é bem conhecido na história”, disse a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
Scholz prometeu em fevereiro aumentar drasticamente os gastos com defesa e injetar 100 bilhões de euros (US $107,39 bilhões) nas Forças Armadas da Alemanha, marcando uma grande mudança de política para os militares após décadas de desgaste após o fim da Guerra Fria.
O Bundestag da Alemanha, a câmara baixa do parlamento, aprovou na sexta-feira a criação do fundo especial de defesa de 100 bilhões de euros (US $107,2 bilhões) que o chanceler Olaf Scholz anunciou em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia.
O dinheiro deve ser usado ao longo de vários anos para aumentar o orçamento regular de defesa da Alemanha em cerca de 50 bilhões de euros e permitir que o país cumpra a meta da OTAN de gastar 2% de sua produção econômica em defesa a cada ano.
A Rússia criticou duramente a medida, que Berlim anunciou logo após Moscou invadir a Ucrânia.
“Em um momento em que é preciso buscar oportunidades para reduzir ameaças comuns, a Alemanha, ao contrário, toma o caminho de escalar a situação político-militar no continente europeu, direcionando dezenas de bilhões de euros para aumentar a massa crítica de armas”, disse Zakharova.
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