A missão de treinamento de militares da Ucrânia aprovada pela União Europeia (UE) torna o bloco “parte do conflito na antiga república soviética”, afirmou nesta quinta-feira (20) a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.
“Para este ano, foram destinados quase 107 milhões de euros. Esse passo se junta ao fornecimento de armas letais ao regime de Kiev, e eleva qualitativamente o envolvimento da UE, tornando-a parte do conflito”, disse a representante da Chancelaria, em entrevista coletiva.
A diplomata russa se referiu dessa forma à aprovação, na última segunda-feira, de uma missão de assistência militar para o treinamento de cerca de 15 mil militares das forças armadas ucranianas durante dois anos, que acontecerá no território da UE.
Zakharova relembrou que o Ocidente decidiu continuar a fornecer ajuda militar à Ucrânia para “aumentar o potencial de defesa antiaérea e, como antes, continua a enchendo de armas e a preparando para uma guerra prolongada”.
“O fato de isso, inevitavelmente, levar a um aumento do número de vítimas não preocupar o Ocidente; mostra que é um de seus objetivos”, lamentou a porta-voz da Chancelaria.
Zakharova garantiu que desde o começo da “operação militar especial”, que deve ser chamada pelo termo correto: guerra, lançada pela Rússia em 24 fevereiro, os países da OTAN forneceram à Ucrânia ao menos 300 tanques, 130 carros de infantaria, 400 transportes blindados, 700 peças de artilharia, além de todos os tipos de projéteis e aparatos.
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