Por Agência EFE
Ruanda desdobrou um contingente de policiais, formado por mais mulheres do que homens, para se unir aos “boinas azuis” da ONU no Sudão do Sul, informou nesta quinta-feira (28) a polícia ruandesa.
O grupo, que passará um ano no Sudão do Sul, é formado por 160 pessoas, das quais 85 são mulheres, e é liderado por uma oficial, Teddy Ruyenzi, o que representa um marco no país.
O objetivo, afirmou, será defender os grupos mais vulneráveis no conflito, sobretudo mulheres e crianças.
“As mulheres e as meninas normalmente se abrem e falam mais com outras mulheres”, ressaltou Ruyenzi, que insistiu que estão melhor preparadas para ajudar estes grupos a se recuperarem do trauma da violência.
Em 2009, o então secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, lançou uma campanha para aumentar o número de mulheres nos “boinas azuis” em 20% nas unidades policiais e 10% nas militares para 2014.
“Em países em conflito são cometidas muitas injustiças contra mulheres e crianças, portanto este desdobramento é parte do compromisso de Ruanda de assegurar a paz internacional e a igualdade de gênero”, afirmou o subinspetor da Polícia ruandesa, Juvenal Marizamunda.
Ruanda, que começou a fazer contribuições aos “boinas azuis” em 2015, tem 1.120 soldados, entre homens e mulheres, em missões de paz na República Centro-Africana, no Sudão do Sul e no Haiti.