Em cinco de fevereiro deste ano, hackers invadiram os computadores do Centro Médico Presbiteriano de Hollywood. Os arquivos foram confiscados e os hackers exigiram pagamento para desbloqueá-los.
Para evitar perdas, o hospital pagou cerca de 17.000 dólares em bitcoin. Segundo a Associated Press, o CEO do hospital, Allen Stefanek, disse que o pagamento teve a intensão de “restaurar as operações ao normal”.
O caso ganhou destaque nos EUA e o FBI está agora, supostamente, investigando a invasão.
De acordo com James Scott, co-fundador do Instituto de Tecnologia para Infraestruturas Críticas, no entanto, a violação pode ser apenas uma pequena amostra do que está por vir.
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Scott acredita que os hospitais irão ver uma epidemia de ransomware (sequestro de dados) em 2016, e afirmou que muitos dos ataques “não serão relatados.”
O Instituto de Tecnologia para Infraestruturas Críticas é uma organização apartidária que funciona entre o setor privado, as agências federais e a comunidade legislativa nas ameaças à infraestrutura dos sistemas críticos necessários para manter o país funcionando, como a rede de energia e o sistema financeiro.
A previsão de Scott no caso de hackers que visam hospitais é bem fundamentada. A empresa de segurança cibernética TrapX realizou um estudo para monitorar como os hackers violavam as redes hospitalares, os detalhes são encontrado em um relatório de junho de 2015.
Os pesquisadores da TrapX executaram um teste com mais de 40 hospitais. Eles estabeleceram redes falsas para testar se os hackers iriam invadir o sistema, e eles invadiram.
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“Descobrimos que eles estavam inserindo malwares em todos os dispositivos dentro dos hospitais”, disse Scott, analisando os resultados da TrapX.
Depois que os hackers colocaram malware nos dispositivos, a suspeita se confirmou. Scott disse que os hackers “não ligaram a chave para ativar os malwares”. Em vez disso, o malware foi deixado inativo.
Scott disse que sua organização alertou a Câmara dos Deputados federais dos EUA no outono de 2015. “Nós dissemos para a Casa se preparar para a epidemia de ransomware”.