Ronaldinho completa um mês de confinamento em meio à pandemia do vírus do PCC

Ronaldinho e seu irmão mais velho e consultor de negócios, Roberto Assis Moreira, estão na Agrupación Especializada, sede da Polícia Nacional de Assunção, que também funciona como prisão

06/04/2020 20:53 Atualizado: 06/04/2020 20:57

Por Agência EFE

O ex-jogador de futebol brasileiro Ronaldinho Gaúcho, processado no Paraguai por entrar com um passaporte falso no país, está cumprindo seu primeiro mês de detenção preventiva na segunda-feira e em meio a uma emergência de saúde devido ao vírus do PCC (Partido Comunista Chinês), mais conhecido como novo coronavírus. Quase todas as atividades judiciais no país sul-americano foram paralisadas.

Ronaldinho e seu irmão mais velho e consultor de negócios, Roberto Assis Moreira, estão na Agrupación Especializada, sede da Polícia Nacional de Assunção, que também funciona como prisão.

Embora o caso dos dois irmãos ainda esteja em andamento, apesar dessa paralisação judicial, não há notícias a esse respeito desde 13 de março, quando um tribunal de apelações se opôs ao levantamento da liberdade preventiva solicitada por seus advogados.

O grupo de advogados que os defende, liderado pelo ex-promotor Adolfo Martín, não faz declarações à mídia discutindo um pacto de confidencialidade com o ex-atacante do Barcelona, ​​Milan e PSG, por isso não se sabe em que ponto do processo eles poderiam insistir em libertação da prisão.

O processo prevê seis meses para apresentar a denúncia final, antes do julgamento oral, segundo Federico Delfino, um dos promotores do caso, à EFE hoje.

Delfino não quis “se aventurar” em opinar sobre a possibilidade dos Assis Moreira poderiam obter liberdade através do processo, uma vez que a acusação de “produção de documentos públicos de conteúdo falso”, com expectativa de até cinco anos, poderia permitir-lhes esse benefício.

Ronaldinho e seu irmão chegaram a Assunção em 4 de março para apoiar com sua imagem um programa de assistência social para meninos e meninas no Paraguai.

Dois dias depois, foram detidos ao saber que entraram no Aeroporto Internacional de Assunção com passaportes manipulados no Paraguai, que seus advogados garantem que eram um presente, pois planejavam abrir negócios no Paraguai.

Entre os acusados ​​está Dalia López, a empresária paraguaia que os recebeu no aeroporto e que também é presidente da fundação de caridade que administrava a presença dos irmãos neste país.

López cometeu crime de desobediência e está com mandado de prisão internacional desde 18 de março.

A empresária é indiciada pelo Ministério Público como o suposta chefe de uma rede dedicada a “facilitar a preparação e o uso de documentos de identidade e passaportes falsos”, com links para órgãos estaduais.

Ronaldinho comemorou 40 anos em 21 de março, na Associação Especializada, onde participou de jogos de futebol com outros internos.

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