Por Anastasia Gubin, Epoch Times
As eleições do Parlamento Europeu foram concluídas no domingo (26). Entre os resultados políticos está a perda da maioria bipartidária dos Populares (PPE) e do Socialista e Democrata (S&D). Ambos os pró-europeus não poderão mais governar sozinhos como fizeram até agora. Eles perderam 34 e 38 assentos, respectivamente, de acordo com os resultados oficiais provisórios.
As análises da tv italiana Rai projetam uma coligação “pró-europeia” entre PPE + S&D com a Aliança dos Democratas e Liberais + REN + USRPlus, que conquistou 109 assentos, 40 a mais do que as últimas eleições de 2014.
Outra opção é uma aliança que também contaria com os Verdes que obtiveram 69 cadeiras, 17 a mais do que a última eleição. O partido foi muito forte nas eleições alemãs, ficando em segundo lugar no país.
O partido de centro-direita Populares (PPE) continua sendo o primeiro partido com 182 lugares (-34), seguido dos Socialistas e Democratas (S&D) com 147 lugares (-38); os liberais do Alde (incluindo o movimento Rem de Macron) com 109 assentos (+40) e os Verdes com 69 assentos (+17).
Os Conservadores Europeus e Reformistas do CER, por sua vez, totalizaram 58 representantes, perdendo 18 assentos.
O grupo da direita Europa das Nações e Grupo Livre (Enf), onde está inserido a Liga de Salvini na Itália e Marine Le Pen na França, aumentou 21 assentos, somando 58 representantes no Parlamento.
Na França, o grupo de direita que segue Marine Le Pen destronou o apoiado pela esquerda e por Emannuel Macron em uma proporção de 23 e 22%, respectivamente.
Na Itália, a Liga direitista de Matteo Salvini, com 34%, venceu o Movimento 5 Estrelas (M5), que caiu para 17%, com quem tem um governo de coalizão. O M5, antes maioria, também foi superado pelo PD, de centro-esquerda, que chegou a 23%. La Lega contribuiria com quase 28 assentos.
O Grupo Europa Livre e Democracia Direta (Efdd), que inclui o M5, apesar da queda na Itália, ganhou assentos após o sucesso do partido Brexit de Nigel Farage no Reino Unido, obtendo 56 assentos (+15).
A Esquerda Unitária Europeia (Gue) com 38 assentos (-14) sofreu uma queda acentuada.
No Parlamento Europeu cessante, o PPE tinha 216 lugares, os Socialistas 185, CER 77, Alde 69, Gue 52, Verdes 52, Efdd 42, Enl 36, não registrados 20.
Três partidos líderes em número de assentos
Três partidos lideram em número de assentos. O triunfo do Partido Brexit de Farage no Reino Unido lhe dá 28 assentos para a próxima assembleia de Estrasburgo, convertendo-se nestas eleições no grupo nacional mais numeroso com a aliança alemã Cdu de Angela Merkel/Csu e imediatamente à frente da Liga da Itália liderado por Matteo Salvini.
The Brexit Party will stun everybody again if the UK does not leave the EU by 31st October. pic.twitter.com/n5DnVxkkQ7
— Nigel Farage (@Nigel_Farage) May 27, 2019
No Reino Unido, as eleições marcaram o colapso dos conservadores da primeira-ministra aposentada, Theresa May, e dos trabalhistas de Jeremy Corbyn.
A primeira promessa de Salvini, entre outras, é baixar os impostos. Para isso, ele cita como exemplo as conquistas de Budapeste, aplicando 9% para companhias e empresas e 15% para pessoas, com lucros a partir do segundo ano da regulamentação.
Una sola parola: GRAZIE Italia!
Espanha
No total, a Espanha está representada por 52 eurodeputados.
O Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) obtém uma clara vitória um mês após o sucesso das eleições legislativas de 28 de abril, somando 32,83% dos votos e 20 assentos no novo Europarlamento, seis a mais do que o de saída.
Un orgullo, una oportunidad y una enorme responsabilidad ser la 1ª delegación socialdemócrata en el @Europarl_ES. Trabajaremos por una alternativa progresista, socialdemócrata y de izquierdas a las políticas de austeridad. Una #Europa social, que proteja y redistribuya. #26MPSOE pic.twitter.com/TjbBIpDNpA
— Pedro Sánchez (@sanchezcastejon) May 26, 2019
Os conservadores de centro-direita do Partido Popular (PP), com 20,2%, contribuem com 12 eurodeputados, quatro a menos, “registrando uma queda de pelo menos 9 pontos em relação ao europeu de 2014”.
A direita espanhola representada pelo Vox, que teve um significativo aumento no país nas legislativas com uma preferência de 13%, terá sua primeira participação no Parlamento Europeu, obtendo 3 candidatos, ao obter cerca de 6,22% dos votos no domingo.
¡Gracias! ¡Gracias! ¡Gracias!
O Cidadãos se define como a terceira força política na Espanha, com 12,23% e 7 deputados, cinco a mais do que em 2014.
A esquerda radical do Unida e do Podemos somaram 10,08% com 6 lugares, cinco a menos que os últimos europeus.
Por outro lado, Repúblicas se reunirá em Estrasburgo com possíveis três deputados, a lista Juns de Puigdemont obteria dois assentos e o da Coalizão de Solidariedade da Europa um.
França
Os resultados confirmam a vitória de Marine Le Pen do direitista Prenez le Pouvoir com 23,3% dos votos, o que supera o grupo esquerdista REN, apoiado entre outros pelo En Marche do presidente Emmanuel Macron, que soma apenas 22,4%. Eles terão 23 deputados cada.
Bravo à toi Jordan, ainsi qu’à tous nos colistiers et nos militants pour cette belle campagne.
Et merci à tous ceux qui se sont mobilisés : cette victoire, c’est vous qui l’avez rendue possible ! MLP#LaVictoireDuPeuple pic.twitter.com/e2EEKXptPa
— Marine Le Pen (@MLP_officiel) May 26, 2019
O Europa Écologie (Verdes) obteve, por sua vez, 13,42%, enquanto o União de Centro-direita 8,48.
Alemanha
O partido alemão CDU de Angela Merkel/CSU (28%) caiu em número de votos, mas continua liderando, frente ao crescimento histórico dos ambientalistas Verdes (21%).
“Um resultado muito decepcionante”, admitiu o líder do social-democrata SPD (15%), Andrea Nahles, ao ver que foi ultrapassado. O representante da direita AFD, Alexander Gauland, reconheceu que foi “uma campanha eleitoral difícil”, relatou a tv Rai.
Na Áustria, o partido do direitista Sebastian Kurz foi vitorioso, apesar das controvérsias dos últimos dias. Na Hungria, o primeiro-ministro Viktor Orban se afirma com um triunfo extraordinário de 52%, enquanto na Grécia, Alexis Stipras, depois de perder anuncia eleições antecipadas.
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