Resultados das eleições para Parlamento Europeu definem novo cenário político

27/05/2019 17:43 Atualizado: 27/05/2019 17:43

Por Anastasia Gubin, Epoch Times

As eleições do Parlamento Europeu foram concluídas no domingo (26). Entre os resultados políticos está a perda da maioria bipartidária dos Populares (PPE) e do Socialista e Democrata (S&D). Ambos os pró-europeus não poderão mais governar sozinhos como fizeram até agora. Eles perderam 34 e 38 assentos, respectivamente, de acordo com os resultados oficiais provisórios.

As análises da tv italiana Rai projetam uma coligação “pró-europeia” entre PPE + S&D com a Aliança dos Democratas e Liberais + REN + USRPlus, que conquistou 109 assentos, 40 a mais do que as últimas eleições de 2014.

Outra opção é uma aliança que também contaria com os Verdes que obtiveram 69 cadeiras, 17 a mais do que a última eleição. O partido foi muito forte nas eleições alemãs, ficando em segundo lugar no país.

O partido de centro-direita Populares (PPE) continua sendo o primeiro partido com 182 lugares (-34), seguido dos Socialistas e Democratas (S&D) com 147 lugares (-38); os liberais do Alde (incluindo o movimento Rem de Macron) com 109 assentos (+40) e os Verdes com 69 assentos (+17).

Eleições do Parlamento Europeu em 25 de maio de 2019 (União Europeia)
Eleições do Parlamento Europeu em 25 de maio de 2019 (União Europeia)

Os Conservadores Europeus e Reformistas do CER, por sua vez, totalizaram 58 representantes, perdendo 18 assentos.

O grupo da direita Europa das Nações e Grupo Livre (Enf), onde está inserido a Liga de Salvini na Itália e Marine Le Pen na França, aumentou 21 assentos, somando 58 representantes no Parlamento.

Na França, o grupo de direita que segue Marine Le Pen destronou o apoiado pela esquerda e por Emannuel Macron em uma proporção de 23 e 22%, respectivamente.

Na Itália, a Liga direitista de Matteo Salvini, com 34%, venceu o Movimento 5 Estrelas (M5), que caiu para 17%, com quem tem um governo de coalizão. O M5, antes maioria, também foi superado pelo PD, de centro-esquerda, que chegou a 23%. La Lega contribuiria com quase 28 assentos.

O Grupo Europa Livre e Democracia Direta (Efdd), que inclui o M5, apesar da queda na Itália, ganhou assentos após o sucesso do partido Brexit de Nigel Farage no Reino Unido, obtendo 56 assentos (+15).

A Esquerda Unitária Europeia (Gue) com 38 assentos (-14) sofreu uma queda acentuada.

No Parlamento Europeu cessante, o PPE tinha 216 lugares, os Socialistas 185, CER 77, Alde 69, Gue 52, Verdes 52, Efdd 42, Enl 36, não registrados 20.

Três partidos líderes em número de assentos

Três partidos lideram em número de assentos. O triunfo do Partido Brexit de Farage no Reino Unido lhe dá 28 assentos para a próxima assembleia de Estrasburgo, convertendo-se nestas eleições no grupo nacional mais numeroso com a aliança alemã Cdu de Angela Merkel/Csu e imediatamente à frente da Liga da Itália liderado por Matteo Salvini.

No Reino Unido, as eleições marcaram o colapso dos conservadores da primeira-ministra aposentada, Theresa May, e dos trabalhistas de Jeremy Corbyn.

A primeira promessa de Salvini, entre outras, é baixar os impostos. Para isso, ele cita como exemplo as conquistas de Budapeste, aplicando 9% para companhias e empresas e 15% para pessoas, com lucros a partir do segundo ano da regulamentação.