Repórteres são repreendidos por chamar pedófilos de… pedófilos

10/03/2021 15:49 Atualizado: 10/03/2021 15:49

Por Bruna de Pieri, Terça Livre

Repórteres australianos que trabalham para a ABC Tasmania foram repreendidos por usar a palavra “pedófilo” para se referir a um… pedófilo, porque isso poderia “desencorajar outros pedófilos a procurar ajuda”.

Segundo as informações do Summit News, um produtor sênior da rede disse aos jornalistas que o Serviço de Apoio à Agressores Sexuais (SASS) havia “demonstrado preocupação” sobre a forma como o ex-enfermeiro, James Geoffrey Griffin, acusado de pedofilia, foi mencionado.

Griffin, que cometeu suicídio, foi acusado de abuso sexual por várias mulheres quando elas ainda eram crianças. Durante buscas na casa do homem, a polícia chegou a encontrar quantidade significativa de material de exploração infantil.

“Devemos evitar [o termo pedófilo], a menos que saibamos que ele teve um diagnóstico clínico de pedofilia e, em vez disso, usar agressor/predador sexual serial ou abusador sexual de crianças e jovens”, comunicou o produtor por e-mail.

Ele também citou o SASS ao dizer que existem muitas “pessoas com pedofilia” que “não agem de acordo com esses impulsos”, se “procuram e recebem ajuda psicológica profissional”.

O produtor afirmou que rotular Griffin como um pedófilo poderia desencorajar o que chamou de “pedófilos não ofensores” de buscar ajuda, tornando mais provável que eles continuem a abusar de crianças.

Os repórteres ficaram aparentemente “preocupados e irritados” com o e-mail, e mais tarde foram informados pela rede de que a palavra “pedófilo” não havia sido banida, mas que o conselho do SASS deveria ser considerado.

Tolerância à pedofilia

Algumas pessoas ouvidas pelo site Summit viram na repreensão aos repórteres mais um exemplo de como a sociedade está se tornando cada vez mais tolerante com a pedofilia, que alguns na esquerda tentam definir como uma orientação sexual alternativa. Isso também já é uma realidade no Brasil.

Como noticiou o Terça Livre, recentemente a ativista pró-assassinato de bebês no ventre de suas mães, Débora Diniz, “denunciou” em suas redes sociais o presidente Jair Bolsonaro de “perseguir pedófilos”. Após várias críticas, ela apagou sua publicação.

Outro caso é o da deputada federal Chris Tonietto, que virou alvo do Ministério Público Federal após denunciar um livro que defende a pedofilia.

 

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