Por Petr Svab, Epoch Times
As famílias formadas por hispânicos nos Estados Unidos tiveram um aumento significativo de renda em 2017, atingindo a média recorde de 50.486 dólares, um aumento de quase 3,7%.
A estatística, publicada em 12 de setembro com dados do Censo de 2017, mostra que as famílias hispânicas superam outros grupos de classe média em termos de ganhos salariais.
Em termos gerais, a renda média aumentou 1,8%, incluindo 2,6% para brancos. A renda média dos negros estagnou enquanto os rendimentos dos asiáticos caíram 2,2%, embora esse grupo tenha mantido a renda média mais elevada por uma ampla margem.
Os hispano-americanos tiveram uma melhora considerável na qualidade de vida durante o último ano e meio.
O desemprego entre os hispânicos nos últimos 12 meses caiu para aproximadamente 4,8% em agosto, quebrando recorde após recorde desde dezembro de 2017. O ponto mais baixo alcançado anteriormente foi de 5,2% em 2007.
Quase 350 mil hispano-americanos saíram da pobreza em 2017, em comparação com o ano anterior.
Os hispânicos e Trump
Ao presidente Donald Trump é atribuída a aceleração do crescimento econômico dos Estados Unidos através de cortes de impostos, desregulamentação e por ter convencido as empresas a aumentar a produção no país, além de outras políticas. Sua estratégia da vara e da cenoura nas negociações comerciais começou a dar frutos nos últimos meses.
No entanto, não está claro se sua “mensagem econômica” consegue chegar aos eleitores hispânicos.
Enquanto Trump comemorava repetidamente o baixo índice de desemprego hispânico, importantes meios de comunicação de língua espanhola, como Univisión e Telemundo, não informavam sobre a importância histórica dos números, tanto em junho como em julho passado.
As políticas de Trump sobre alguns temas parecem ressoar entre os hispano-americanos, de acordo com uma pesquisa feita pela June Harvard-Harrison, que focou a questão da imigração.
Mais da metade dos hispânicos pesquisados afirmou que a segurança das fronteiras atualmente é inadequada e que a aplicação da lei de imigração deve ser mais rigorosa e não menos rigorosa. Cerca de 70% também preferem fronteiras seguras ao invés de “fronteiras abertas”.
Cerca de dois terços apoiam a proposta republicana de reforma migratória, descrita para os pesquisados como “um acordo no Congresso que concede aos imigrantes ilegais, trazidos aqui por seus pais, licenças de trabalho e um caminho para a cidadania em troca de aumentar a preferência pelo mérito sobre a preferência familiar, eliminar a loteria de vistos de diversidade e financiar o muro de segurança na fronteira entre os Estados Unidos e o México”.
A maioria dos hispânicos disse que aqueles que cruzam ilegalmente as fronteiras dos Estados Unidos devem ser enviados de volta para casa, mesmo que sejam pais com filhos.
Entre os eleitores hispânicos registrados, a aprovação de Trump alcançou 35% em setembro, segundo pesquisa da Reuters/Ipsos.