O governador da Flórida, Ron DeSantis, criticou o governo Biden por seu plano de remover um grupo colombiano de comunistas rebeldes da lista de designação de organizações terroristas estrangeiras, chamando a decisão de “um insulto” à comunidade colombiano-americana de seu estado.
Financiadas por extorsão, sequestro e uma operação de tráfico de cocaína de um bilhão de dólares, as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) travaram uma guerra de guerrilha contra o país por mais de meio século até 2016, quando os rebeldes de extrema esquerda assinaram uma negociação de paz que ainda está sendo implementada. O conflito de décadas ceifou centenas de milhares de vidas e deslocou outros milhões, incluindo muitas famílias que se estabeleceram na Flórida.
Em resposta a um recente relatório de que o Departamento de Estado dos EUA está planejando remover as FARC de sua lista de terroristas internacionais, DeSantis chamou a ação de uma “decisão imprudente”, observando que o grupo “perpetuou incontáveis assassinatos, bombardeios, sequestros e ataques” em nome da redistribuição de riquezas.
“A política de Biden é um insulto aos membros da comunidade colombiano-americana, muitos dos quais fugiram dos ataques bárbaros desse grupo terrorista contra civis”, afirmou o governador republicano. “Este é um erro grave da administração Biden e prejudicará os habitantes da Flórida”.
Ele também argumentou que a medida poderia “encorajar grupos terroristas em toda a América Latina”, capacitar narcotraficantes e abrir caminho para um renascimento do castrismo autoritário de esquerda na Colômbia.
A crítica de DeSantis foi repetida pelo deputado americano Charlie Crist, que busca a nomeação democrata na tentativa de destituir DeSantis como governador, em 2022. O ex-governador que tornou-se congressista afirmou que as FARC mereceram sua designação como grupo terrorista por causarem “décadas de guerra e morte”.
“Eu me junto aos colombianos em toda a Flórida e em nosso país, profundamente preocupados com os relatos de que o Departamento de Estado está considerando remover as FARC da lista de organizações terroristas internacionais”, declarou Crist em um comunicado. “Eles não devem ganhar sua legitimidade pelos Estados Unidos sem o consentimento da comunidade que chama a América de lar”.
A senadora do estado da Flórida, Annette Taddeo, outra candidata democrata ao governo de 2022, também falou contra a medida. Taddeo, cuja mãe é colombiana, lembrou no Twitter que teve que fugir de seu país aos 17 anos “por causa da organização terrorista marxista FARC, um grupo de milícias que sequestrou meu pai, que era um piloto de caça americano da Segunda Guerra Mundial”.
“Esta notícia é ultrajante e acabei de desligar o telefone com o Departamento de Estado para que soubessem como isso é ultrajante”, afirmou ela.
Durante uma coletiva de imprensa, em 23 de novembro, a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, foi questionada sobre a situação das FARC e se elas estavam sendo “retiradas” da lista como grupo terrorista.
“Não tenho nenhuma atualização sobre isso”, declarou Psaki. “Fico feliz em verificar com nossa equipe de segurança nacional e ver se há algo que podemos fazer a todos vocês”.
O Departamento de Estado respondeu ao pedido do Epoch Times para comentar, afirmando que “forneceu ao Congresso uma notificação sobre as próximas ações” que está tomando cuidado com relação às FARC, mas não possui nenhum comentário adicional sobre essas ações. As FARC permanecem na lista de organizações terroristas internacionais do departamento até o momento da publicação.
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