Relógio do Juízo Final: 2023 alcança a marca mais próxima de uma catástrofe global

Por Agência de Notícias
24/01/2023 20:07 Atualizado: 24/01/2023 20:07

O Relógio do Juízo Final foi movido para 90 segundos antes da meia-noite, o mais próximo que a humanidade já esteve de uma catástrofe global, anunciou o Bulletin of the Atomic Scientists em sua apresentação anual na terça-feira.

A decisão de mover o relógio para mais perto da meia-noite – que representa a ruína da humanidade – deveu-se em grande parte, mas não exclusivamente, à invasão russa na Ucrânia, disse Rachel Bronson, presidente da organização fundada em 1947.

O Relógio do Juízo Final marcava 100 segundos para a meia-noite desde 2020.

“Estamos vivendo em uma época de perigo sem precedentes, e o Relógio do Juízo Final reflete essa realidade. 90 segundos para a meia-noite é o mais próximo que o Relógio já chegou da meia-noite, e é uma decisão que nossos especialistas não tomam de relaxadamente”, disse Bronson em um comunicado à imprensa.

“O governo dos EUA, seus aliados da OTAN e a Ucrânia têm uma infinidade de canais de diálogo; exortamos os líderes a explorar todos eles em toda a sua capacidade para atrasarmos o Relógio.”

O Bulletin of the Atomic Scientists citou as ameaças nucleares de Vladimir Putin como um fator que contribuiu para aproximar os ponteiros do Relógio do Juízo Final para meia-noite.

Mas outras questões além da guerra e do risco de escalada incluem as potenciais pandemias futuras na sequência da COVID-19, a desinformação e a deterioração das relações internacionais, disse o comunicado.

Antes de 2020, o mais próximo que o Relógio do Juízo Final esteve da meia-noite foi durante a Guerra Fria em 1953, quando foi fixado em 23h58 durante um período em que os EUA e a Rússia Soviética realizavam testes de armas nucleares.

O mais distante da meia-noite foi 17 minutos, em 1991, após o colapso da União Soviética e a reunificação da Alemanha.

O Bulletin of the Atomic Scientists foi criado em 1945 e seus fundadores incluem Albert Einstein e Robert Oppenheimer, bem como os estudantes da Universidade de Chicago envolvidos no Projeto Manhattan – o programa de armas nucleares dos EUA que culminou no bombardeio de Hiroshima e Nagasaki durante Segunda Guerra Mundial.

O Relógio do Juízo Final começou a contar dois anos depois.

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