Relações EUA-Rússia à beira do colapso após comentários de Biden

Biden classificou o líder russo como um “criminoso de guerra” em meio à invasão da Ucrânia

21/03/2022 16:06 Atualizado: 21/03/2022 16:06

Por Jack Phillips 

A Rússia convocou o embaixador dos EUA em Moscou e disse a ele que os recentes comentários do presidente Joe Biden sobre o presidente russo, Vladimir Putin, tencionam os laços “à beira do rompimento”.

Na semana passada, Biden classificou o líder russo como um “criminoso de guerra” em meio à invasão da Ucrânia, recebendo condenação do Ministério das Relações Exteriores na segunda-feira. Vários outros funcionários da Casa Branca, incluindo o secretário de Defesa Lloyd Austin, usaram uma retórica semelhante no fim da semana passada.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia convocou o embaixador, John Sullivan, e disse-lhe que “tais declarações do presidente americano, indignas de um estadista de tão alto escalão, colocam as relações russo-americanas à beira do rompimento”, segundo um comunicado.

Também alertou que “ações hostis tomadas contra a Rússia enfrentarão uma reação decisiva e firme”, continuou o comunicado. Ao mesmo tempo, o ministério disse a Sullivan que exige “garantias” de que as embaixadas e consulados russos nos Estados Unidos “funcionem sem problemas”.

Os países da União Europeia também acusaram nesta segunda-feira as forças armadas russas de cometer crimes de guerra na Ucrânia, mas parece improvável que imponham novas sanções a Moscou, apesar do clamor em toda a Europa para que os responsáveis ​​pelos ataques a civis sejam responsabilizados.

O Tribunal Penal Internacional na Holanda disse que está coletando evidências sobre possíveis crimes de guerra na Ucrânia, mas a Rússia – assim como os Estados Unidos – não reconhece a jurisdição do tribunal.

Um homem passa por um prédio que foi danificado por um bombardeio na Avenida Mira (Avenida da Paz) em Mariupol, Ucrânia (Evgeniy Maloletka/AP)
Um homem passa por um prédio que foi danificado por um bombardeio na Avenida Mira (Avenida da Paz) em Mariupol, Ucrânia (Evgeniy Maloletka/AP)
Vista de perto de um prédio destruído em Mariupol, Ucrânia, em 20 de março de 2022, em uma foto do vídeo. (AP/Screenshot via Epoch Times)
Vista de perto de um prédio destruído em Mariupol, Ucrânia, em 20 de março de 2022, em uma foto do vídeo. (AP/Screenshot via Epoch Times)

As sanções internacionais cortaram a Rússia do sistema financeiro mundial. No entanto, a Europa, que é o principal comprador de energia do país, abriu uma exceção para o gás e o petróleo russos.

Enquanto isso, grandes corporações internacionais disseram que não farão negócios dentro da Rússia e não farão novos investimentos, citando o conflito.

No início do dia, autoridades ucranianas rejeitaram os pedidos da Rússia para que tropas dentro da cidade sitiada de Mariupol deponham suas armas e se rendam. O Ministério da Defesa russo disse que as autoridades em Mariupol podem enfrentar um tribunal militar se ficarem do lado das forças nacionalistas ucranianas, informou a agência de notícias estatal russa RIA Novosti.

“Não se pode falar em rendição, deposição de armas”, disse a vice-primeira-ministra ucraniana, Irina Vereshchuk, ao canal de notícias ucraniano Pravda.

Quase 3,4 milhões foram forçados a fugir da Ucrânia desde 24 de fevereiro, segundo as Nações Unidas. A ONU confirmou mais de 900 mortes de civis, mas disse que o número real é provavelmente muito maior. As estimativas de mortes russas variam.

O Epoch Times entrou em contato com o Departamento de Estado dos EUA para comentários.

A Associated Press contribuiu para esta reportagem.

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