Conforme divulgou o primeiro-ministro demissionário David Cameron, Theresa May assumirá a chefia do Governo do Reino Unido na próxima quarta-feira (13), como um dos efeitos da vitória do Brexit.
“Teremos um novo primeiro-ministro neste edifício que está atrás de mim na quarta-feira”, falou Cameron em frente ao número 10 da Downing Street. Após a costumeira sessão de perguntas no Parlamento britânico, o ainda premiê entregará nas próximas horas a sua demissão à rainha Elizabeth II.
Pela segunda vez uma primeira-ministra assumirá o governo do Reino Unido. A primeira no cargo foi Margaret Thatcher, do Partido Conservador, que ficou conhecida como a “Dama de Ferro”.
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Na briga pela liderança do Partido Conservador, May vislumbrou um caminho livre com a desistência de sua oponente, Andrea Leadsom. Numa declaração bem resumida, Leadsom encerrou sua campanha e declarou apoio a Theresa May.
A escolha de Leadsom tornou óbvio que uma campanha interna de nove semanas não era “desejável” e que um novo Governo precisava tomar o leme do país assim que possível.
“Precisamos de um novo primeiro-ministro. Theresa May conta com o apoio de 60% da bancada parlamentar”, apontou Andrea Leadsom, que saiu da disputa com uma declaração de apoio à sua rival interna.
Numa entrevista divulgada nesta segunda-feira (11) pelo jornal britânico “The Telegraph”, Andrea Leadsom assumiu ter fraquejado diante de “tremenda pressão” e aos “ataques constantes” que sofreu após declarar sua candidatura – e principalmente após seu comentário sugerindo que Theresa May não tinha habilitação para ser líder do partido por não ter filhos. Essa estratégia rasteira já foi demonstrada ao longo da história como inútil, mas ainda há insistência em utilizá-la.
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Uma das alegações de Andrea Leadsom para largar a disputa foi o fato de só contar com o amparo de 84 parlamentares (ou 25% da bancada conservadora), número muito pequeno para a constituição de um governo forte.
O anúncio de Leadsom aconteceu ao mesmo tempo que o lançamento oficial da candidatura de Angela Eagle à liderança do Partido Trabalhista. “O país precisa que o Labour seja forte, e não acredito que Jeremy Corbyn seja capaz”, afirmou. “Não faria isto se não pensasse que tenho algo a oferecer para voltar a unir o partido e o país”, explicou.