O secretário das Relações Exteriores do Reino Unido, James Cleverly, defendeu nesta quinta-feira uma reforma no Conselho de Segurança da ONU, para que seja possível a entrada de Brasil, Índia, Alemanha e Japão, visando uma melhor resposta às crises internacionais, como a invasão da Ucrânia.
Cleverly fez um discurso hoje no Instituto de Relações Internacionais de Londres, mais conhecido como Chatham House, no qual destacou a importância de potencializar o multilateralismo e enumerou uma série de prioridades na política externa britânica.
“O multilateralismo global traz o peso que é preciso para abordar os desafios mais fundamentais da humanidade. E é por isso que o Reino Unido se preocupa profundamente pelo multilateralismo. Estamos envolvidos com isso. Fomos um dos artífices dele e queremos que tenha êxito e prospere”, disse o chefe da diplomacia britânica.
Na opinião de Cleverly, o sistema multilateral deve ser revitalizado para enfrentar problemas como a guerra da Ucrânia, a imigração ilegal, a revolução tecnológica e a crise climática.
O Conselho de Segurança da ONU conta com cinco países permanentes – Reino Unido, Estados Unidos, China, Rússia e França -, com dez membros não permanentes eleitos por períodos de dois anos.
No entanto, Cleverly considerou que o mundo vive “um ponto de inflexão na história da humanidade”, por isso, a composição do conselho deveria ser reconsiderada.
“Sei que essa é uma reforma audaz. Mas levará ao Conselho de Segurança à década de 2020”, indicou o ministro.
Outra prioridade para o Reino Unido é a reforma das instituições financeiras internacionais para que seja possível ajudar a reduzir a pobreza e em prol do enfrentamento da crise climática.
“Não podemos deter os terremotos, as secas e as inundações, mas podemos prevenir as crises econômicas e as espirais de dívida que provocam”, enfatizou.
Outra questão relevante, acrescentou, é a inteligência artificial, porque tem “o potencial de transformar a capacidade de resolução de problemas da humanidade”.
“Estamos à beira de um salto tecnológico gigantesco na relação entre o homem e a máquina”, considerou.
“Amplificará os aspectos positivos e negativos da revolução tecnológica. E, claro, o que estamos vendo cada vez mais é que a tecnologia não está limitada pela geografia. Ela não conhece fronteiras nacionais”, completou Cleverly.
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