O governo do Reino Unido sancionou, nesta quinta-feira, 13 pessoas e entidades do regime iraniano, ao mesmo tempo que anunciou nova legislação que ampliará seus poderes para punir os líderes daquele país.
O ministro das Relações Exteriores britânico, James Cleverly, disse à Câmara dos Comuns que estas medidas foram aprovadas no quadro de sanções já em vigor no Reino Unido, que condena as violações dos direitos humanos.
Na lista dos sancionados, além de outros 350 anteriores, estão Heidar Pasandideh, governador do presídio de Sanandaj, acusado de tortura; o Comando de Defesa Cibernética do IRGC, que espiona as comunicações; o Conselho Supremo da Revolução Cultural, que impõe políticas culturais e educacionais, enumera em um comunicado o Ministério das Relações Exteriores.
A nova estrutura de sanções, que será incluída em um projeto de lei de Segurança Nacional que será tramitado dentro de alguns meses, estipulará “critérios adicionais sob os quais indivíduos ou entidades podem ser sancionados”, disse Cleverly.
Alguns desses novos critérios serão “atividades do regime iraniano que minam a paz, a estabilidade e a segurança no Oriente Médio e internacionalmente e o uso e disseminação de armamento ou tecnologia de armas iranianas”.
Além disso, os membros do regime de Teerã podem ser punidos por “minar a democracia, o respeito pelo Estado de direito e a boa governança” e por “outras atividades hostis contra o Reino Unido” e seus parceiros, incluindo ameaças a seus “cidadãos, propriedade ou segurança”.
Cleverly também planeja instar a comunidade internacional a condenar o comportamento do Irã no Conselho de Segurança e no Conselho de Direitos Humanos da ONU durante a presidência britânica, declarou na Câmara dos Comuns.
Segundo o ministro conservador, o Irã aumentou sua atividade “para matar ou sequestrar pessoas vistas como inimigas do regime fora do Irã, que inclui o Reino Unido”.
“Desde o início de 2022, o Reino Unido respondeu a mais de 15 ameaças do regime iraniano de matar ou sequestrar pessoas de nacionalidade britânica ou residentes” neste país, disse.
O regime iraniano “pediu publicamente a morte ou captura” dessas pessoas e, em alguns casos, “deteve e assediou” seus parentes no Irã.
O Ministério das Relações Exteriores explicou que “os serviços de inteligência iranianos estabeleceram relacionamentos com gangues criminosas organizadas tanto no Reino Unido como em toda a Europa para expandir o alcance de suas redes”.
Cleverly observou que “o regime iraniano oprime seu próprio povo, exporta derramamento de sangue na Ucrânia e no Oriente Médio e ameaça matar e sequestrar em solo britânico”.
“Hoje, o Reino Unido envia uma mensagem clara: não toleraremos esse comportamento e iremos responsabilizá-lo”, afirmou.
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