O governo britânico avalia “todas as opções” para responder à morte do líder opositor russo Alexey Navalni, disse o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, Leo Docherty, ao Parlamento nesta segunda-feira.
O político conservador disse à Câmara dos Comuns que seu país “agirá”, mas admitiu que não poderia dizer quais medidas serão tomadas, embora elas serão comunicadas aos parlamentares no momento oportuno.
“Posso garantir que estamos trabalhando e analisando todas as opções”, insistiu Docherty, que concordou com outra parlamentar – a deputada conservadora Alicia Kearns – ao descrever a morte do líder da oposição russa como “assassinato”.
“Ela está certa ao usar a palavra assassinato. Procuramos responsabilizar o Estado russo e os líderes russos”, acrescentou Docherty, que enfatizou que é “prematuro” falar sobre possíveis sanções contra o Kremlin, mas que todos os caminhos possíveis estão sendo avaliados.
O secretário acrescentou que, apesar da morte de Navalny, “seus ideais viverão para sempre”. Alem disso, destacou o heroísmo e a coragem do político russo.
O ministro das Relações Exteriores, David Cameron, alertou no último fim de semana passado que a morte de Navalny em uma prisão no Ártico teria “consequências”.
Cameron – que está viajando nesta segunda-feira para as Ilhas Falkland – disse na Conferência de Segurança de Munique que o que aconteceu com o líder opositor russo “revelou muito sobre a natureza do terrível regime (do presidente Vladimir Putin)” e opinou que “deve haver consequências” para a morte de Navalny.