O presidente da Assembleia Nacional (AN, Parlamento) da Venezuela, o chavista Jorge Rodríguez, disse nesta quinta-feira (13) que nenhuma missão de observação eleitoral da União Europeia (UE) voltará ao país caribenho, após – segundo assegurou – o bloco ter enviado “emissários” para pedir para “serem convidados” às eleições presidenciais marcadas para 2024.
“Nós formalmente dizemos que não temos tempo para considerar seu pedido (…) A vida, o futuro da Venezuela é decidido pelos venezuelanos, (…) Nenhuma missão europeia de observação volta aqui, não voltam porque são rudes, porque são colonialistas”, afirmou Rodríguez durante a sessão de hoje da Assembleia Legislativa, de esmagadora maioria governista.
Rodríguez se pronunciou assim durante a discussão de um acordo, posteriormente aprovado por unanimidade, “em repúdio” a uma resolução do Parlamento Europeu em que condenava a decisão “arbitrária e inconstitucional” de inabilitar políticos antichavistas, bem como a interferência do regime de Nicolás Maduro no processo eleitoral do país.
“Nenhuma missão de observação da Europa virá aqui enquanto formos os representantes do Estado venezuelano”, reiterou Rodríguez.
O partido governista assegurou que um dos observadores da missão que visitou a Venezuela por ocasião das eleições regionais e locais de novembro de 2021, violou um acordo que os proibia de “interferir nos assuntos políticos internos” da nação caribenha, ao dizer a dois candidatos da oposição ao governo do estado de Bolívar (sul) que eles deveriam “se unir para derrotar o chavismo”.
“Eles não virão, violaram o acordo que assinamos com eles, violaram”, destacou o líder chavista.
A Eurocâmara criticou recentemente a inabilitação de políticos da oposição, como Leopoldo López e candidatos às primárias de 22 de outubro, entre eles Henrique Capriles e María Corina Machado, que buscam ser o rival do partido governista nas eleições presidenciais do ano que vem.
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