Por Alicia Marquez
O regime nicaraguense condenou na quinta-feira 7 líderes da oposição, incluindo Félix Maradiaga, de 8 a 13 anos de prisão, informou o Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (CENIDH).
O CENIDH qualificou as penas para os presos políticos como “nulas” e pediu a liberdade dos presos políticos.
No caso de Félix Maradiaga, candidato da oposição à presidência que foi preso em junho do ano passado pelo regime de Ortega, quando a ditadura abriu uma investigação contra ele por suposta incitação “à ingerência estrangeira em assuntos internos”. Ele pode ser sentenciado a 13 anos de prisão.
Além de Maradiaga, o centro relatou dois outros candidatos à presidência da oposição – Arturo Cruz e Juan Sebastián Chamorro.
O Quinto Juiz da Comarca Criminal de Manágua, Félix Salmerón Moreno, condenou Cruz a 9 anos e Maradiaga e Chamorro a 13 anos pelo suposto crime de conspiração para minar a integridade nacional em detrimento do Estado da Nicarágua e da sociedade.
O regime também condenou Violeta Granera e Tamara Dávila, integrantes da Unidade Nacional Azul e Branco (UNAB) – uma organização que reúne várias organizações e vozes que promovem a liberdade no país – cada uma com 8 anos de prisão.
O juiz da ditadura também impôs uma pena de 13 anos ao ex-vice-chanceler José Pallais e ao empresário José Adán Aguerri, além dos candidatos à presidência da Nicarágua nas eleições de 7 de novembro não reconhecidos pela comunidade internacional.
A ONG também condenou a “crueldade” contra a candidata presidencial da Nicarágua, Cristiana Chamorro, e declarou no dia 3 de março: “Condenamos a crueldade contra a prisioneira política Cristiana Chamorro Barrios. Ela foi levada de sua casa para El Chipote, onde a colocaram em uma cela, forçaram-na a usar um uniforme azul e colocaram algemas nela. Foi assim que eles a apresentaram na farsa judicial”.
Maradiaga tornou-se o terceiro candidato da oposição à presidência a ser preso pelo regime cinco meses antes das eleições gerais onde Daniel Ortega buscava a reeleição. Maradiaga foi preso atrás de Cristiana Chamorro, que foi a primeira presa pelo regime e a figura da oposição com maior probabilidade de vencer as eleições presidenciais de novembro, e o segundo foi Arturo Cruz, que foi embaixador nos Estados Unidos no governo de Ortega entre 2007 e 2009.
Daniel Ortega, junto com sua esposa Rosario Murillo, assumiu o poder no país nas eleições gerais de novembro passado, após uma onda de prisões de líderes da oposição e críticos do regime, incluindo jornalistas, além de empresários.
Ortega classificou os opositores presos e julgados como “traidores do país”, “criminosos” e “[xingamento] imperialistas ianques”.
Com informações da EFE.
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