Regime cubano comemora tentativa da ONU de finalizar com o embargo dos EUA

Por Agência de Notícias
03/11/2022 17:14 Atualizado: 03/11/2022 17:14

O governo de Cuba comemorou como uma “vitória” a aprovação nesta quinta-feira na Assembleia Geral da ONU de uma nova resolução para exigir o fim do embargo dos Estados Unidos contra a ilha, com apenas dois votos contrários.

A votação era esperada desde o início da manhã no país, que há semanas lançou uma intensa campanha intitulada “Melhor sem bloqueio”.

O apelo para eliminar as sanções contra o país caribenho, que vem sendo feito anualmente há três décadas e que sempre é aprovado com maioria esmagadora, recebeu nesta ocasião 185 votos a favor, dois contra (Estados Unidos e Israel) e duas abstenções (Brasil e Ucrânia).

O debate foi acompanhado ao vivo de uma tela gigante na Universidade de Havana por uma centena de estudantes da Federação Estudantil Universitária.

“É uma vitória para o povo cubano e é uma mão estendida de solidariedade e também uma nova gota de incentivo para continuar a luta”, disse à EFE Johana Tablada de la Torre, vice-diretora-geral para EUA do Ministério das Relações Exteriores cubano, após acompanhar a votação ao vivo na universidade.

Questionada se a resolução poderia ensejar uma nova reaproximação com os EUA, como no período conhecido como “degelo” na presidência de Barack Obama (2009-2017), Tablada disse que sim, mas “com o respeito que (Cuba) merece.”

Embora ainda não tenha se pronunciado sobre a resolução desta quinta-feira, o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, postou um vídeo no Twitter comemorando a resolução junto com diferentes autoridades na província de Pinar del Río, severamente atingida por um furacão no último mês de setembro.

“Nossa verdade pode parecer dura. Mas o bloqueio é incomensuravelmente mais duro. É brutal”, escreveu Díaz-Canel no Twitter antes da votação.

A imprensa oficial cubana também ecoou o resultado. O portal digital “Cubadebate” descreveu a votação como “forte apoio da comunidade internacional contra o bloqueio”, enquanto o jornal “Granma” – órgão oficial do Partido Comunista de Cuba – destacou que “Cuba saiu vitoriosa”.

 

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