Por Alicia Marquez
Um grupo da guarda costeira do regime cubano disparou balas de borracha contra embarcações que estavam tentando deixar uma praia na província de Artemisa à noite, para imigrar aos Estados Unidos, no domingo, afirmou uma fonte de Playa Baracoa ao Diário de Cuba.
“Eles tiveram que se virar porque receberam tiros. Eles foram baleados à queima-roupa. Foram salvos porque foram disparos com balas de borracha. Se não fosse pelo ferimento na cabeça do tripulante, eles teriam ido embora”, afirmou a fonte à mídia cubana.
Momentos antes das embarcações serem interceptadas, no dia 26 de dezembro, os moradores filmaram vários policiais cubanos à paisana saindo de um caminhão da polícia com facões, nas proximidades de Playa Baracoa. Outro vídeo onde se vêem vizinhos celebrando a saída dos barcos confirma que eles conseguiram escapar dos oficiais cubanos.
“Os boinas vermelhas traziam gente à paisana” e davam-lhes um “facão na mão, não sei por quê. As pessoas ficaram empolgadas com os que saíram e pensaram que iam se manifestar e vieram preparadas com tudo”, afirmou um morador local à mídia cubana.
O Epoch Times não pôde confirmar separadamente o desenvolvimento dos eventos em Playa Baracoa.
Precisamente na sexta-feira, a Guarda Costeira dos Estados Unidos repatriou 39 imigrantes cubanos detidos na semana passada em várias interdições enquanto viajavam em “barcos frágeis” ao largo de Florida Keys, anunciaram as autoridades.
A tripulação da guarda costeira “Raymond Evan” repatriou os 39 cubanos após prendê-los “devido a preocupações com a segurança da vida no mar”, afirmou a entidade federal em um comunicado.
O governo dos Estados Unidos insistiu que “se lançar ao mar nessas embarcações inadequadas é ilegal e extremamente perigoso”.
“Proteja seus entes queridos, evite a imigração ilegal”, afirmou o tenente-comandante Mario Gil, contato da Guarda Costeira na Embaixada dos Estados Unidos em Havana, em uma mensagem postada nas redes sociais.
A porta de entrada de cubanos sem autorização legal nos Estados Unidos ficou aberta até 12 de janeiro de 2017, quando o então presidente Barack Obama retirou seus benefícios de imigração ao cancelar por decreto executivo a política de “pés secos / pés molhados”.
Desde então, os cubanos que entram ilegalmente nos Estados Unidos não têm autorização de residência temporária e, se solicitarem asilo político, deverão solicitá-lo nas mesmas condições que os demais imigrantes.
Em 2019, 313 imigrantes cubanos foram interceptados no mar, enquanto em 2020 foram 49 e em 2021 o número aumentou significativamente para 838.
Uma vez a bordo de um navio da entidade federal, todos os imigrantes recebem alimentos, água, abrigo, equipamentos para minimizar a potencial exposição a qualquer possível caso da COVID-19 e cuidados médicos básicos, declarou a instituição.
Com informações da EFE.
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