Por Italo Toni Bianchi, Terça Livre
O comunista Raúl Castro, irmão de Fidel Castro, reapareceu em público pela primeira vez desde o início das manifestações públicas contra a ditadura, que começaram no último dia 11 de julho. O governo socialista convocou, no último sábado (17), uma manifestação em apoio ao regime na capital do país, Havana, onde seus aliados se reuniram em frente à embaixada americana.
Na ocasião, o sucessor de Raúl Castro, Miguel Díaz-Canel, tentou amenizar o efeito dos vídeos que inundam a internet demonstrando o tamanho da insatisfação popular com o comunismo.
O socialista voltou a adotar o discurso utilizado pela esquerda sobre ‘fake news’ na rede, acusando novamente os Estados Unidos de estarem por trás da organização dos protestos.
“No apogeu da mentira, circulam imagens e notícias falsas. Neste momento, o que o mundo está vendo de Cuba é uma mentira: um povo se levantado contra seu governo e um governo que reprime seu povo”, disse Díaz-Canel no palanque, de onde também afirmou que Cuba está “sob o fogo sofisticado de uma ciberguerra”.
Manifestações contra o governo socialista ficaram marcadas por atos de violência praticados pelos militares comunistas. Até o momento houve uma morte oficial, dezenas de feridos e centenas de detidos. A informação é do El País.
O analista político Ítalo Lorenzon lembrou no Radar da Mídia de segunda-feira (19) como funciona o bloqueio econômico americano aplicado em Cuba, o que destrói o argumento comunista de que a falência da ilha se deve ao embargo.
“Uma vez que estava no debate com uma comunistinha e sempre tem que esse sapo do embargo. Porque o embargo é comércio, os Estados Unidos de fato não comercializam com Cuba, Cuba comercializa com todos os países. Você acha que a China deixa de comercializar? E ela disse, antes de eu falar, que o Brasil não faz comércio porque os Estados Unidos não deixam e tal. E eu peguei um charuto bolso do paletó e disse: ‘querida se o que você está falando pra mim é verdade, este charuto não poderia estar aqui na minha mão. Sabe por quê? Porque alguém comprou em Cuba e trouxe para o Brasil’”, pontuou.