Por Bruna Lima, Terça Livre
Durante abertura VIII Congresso do Partido Comunista de Cuba na sexta-feira (16), Raúl Castro, anunciou aos 89 anos, sua aposentadoria, que encerra assim mais de 6 décadas de poder de sua família no regime cubano.
A decisão era prevista por seus aliados e já havia sido adiantada em 2016.
À época, durante o VII congresso do partido, Raúl declarou que aquele foi o último encontro liderado pela “geração histórica” que combateu junto ao exército rebelde em Sierra Maestra, em referência à Revolução Cubana de 1959.
Quem assumirá agora o cargo do ex-presidente do Conselho de Estado é o atual presidente do regime de Cuba, Miguel Díaz-Canel.
Em sua fala hoje, o líder comunista afirmou que os novos chefes do Partido são personagens leais “cheios de paixão e espírito anti-imperialista”
O VIII Congresso do PCC terá a duração de 4 dias e acontece em meio a protestos por mudanças no regime cubano.
Castro deixa o comando da ditadura, mas deve permanecer conselheiro dos novos líderes da ditadura comunista.
Em Cuba o regime é comandado por duas esferas, a do Estado e a do Partido Comunista.
Em 2018 Raúl passou a Díaz-Canel a presidência do Estado, e a oficialização como chefe do Partido deve ocorrer na próxima segunda-feira (19).
No mês de janeiro deste ano, o então presidente dos Estado Unidos (EUA), Donald Trump, classificou novamente o regime de Cuba como um “Estado patrocinador do terrorismo”, o que levantou uma série de críticas por parte dos comunistas, que culpam o presidente norte-americano pela crise econômica do país.
Em resposta, o Foro de São Paulo lançou em março uma nova iniciativa contra os “bloqueios” dos EUA, em uma tentativa de reaproximação com o novo governo democrata do presidente Joe Biden.
Raúl Castro deixa o alto comando da ditadura em meio a uma das maiores crises do país.
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