O líder da Rússia, Vladimir Putin, terá reuniões bilaterais com líderes dos membros dos BRICS, como o ditador da China, Xi Jinping, além de outros líderes convidados para uma cúpula em Kazan, informou nesta segunda-feira o assessor do Kremlin, Yuri Ushakov.
“Naturalmente, um evento internacional de tão grande escala não passará sem reuniões bilaterais. Temos muitas planejadas, acho que não será fácil para nosso presidente, mas ele mesmo expressou o desejo de se encontrar literalmente com todos os chefes de Estado que viajarão para Kazan”, declarou Ushakov em entrevista coletiva.
Ushakov afirmou que a primeira reunião, na qual o líder russo se encontrará com a chefe do Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS, a ex-presidente Dilma Rousseff, ocorrerá na terça-feira.
“Depois haverá uma com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi. Tínhamos planejado uma reunião com o presidente do Brasil, Lula, mas está claro que o presidente não virá, então ela será seguida por uma reunião com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa”, acrescentou, citando a ausência de Lula devido a um acidente doméstico no Palácio do Alvorada.
Uma reunião “substantiva” com Xi está programada para o mesmo dia, disse Ushakov.
O jantar informal do BRICS será seguido por outra reunião com o presidente do Egito, Abdelfatah Al Sisi.
“Durante o segundo dia, também haverá várias reuniões de trabalho. Após as reuniões em formato mais curto e mais estendido, nosso presidente terá uma conversa com o presidente do Irã, Massoud Pezeshkian e, em seguida, com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan”, declarou Ushakov.
Após a reunião com o presidente turco, Putin se reunirá com o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed Ali, disse Ushakov, não descartando outras reuniões durante e após o almoço dos líderes participantes da cúpula.
Na quinta-feira, após a entrevista coletiva de Putin, estão programadas reuniões bilaterais com os presidentes de Palestina, Laos, Mauritânia e Bolívia.
No mesmo dia, o chefe do Kremlin conversará com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, com quem discutirá questões atuais da agenda mundial, incluindo a situação em Oriente Médio e Ucrânia.