Putin ordena assinatura de acordo com Sudão para abertura de base naval

16/11/2020 16:11 Atualizado: 16/11/2020 16:11

Por Agência EFE

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou nesta segunda-feira (16) que o seu governo assine um acordo com o Sudão para a abertura de uma base naval no Mar Vermelho.

O acordo, que será válido por 25 anos, permitirá à Rússia colocar no território do país africano navios movidos a energia atômica, segundo informações divulgadas no portal de informações oficiais de Moscou.

Putin ordenou ao Ministério da Defesa que firmasse o acerto, que já havia sido aprovado pelo primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, na semana passada. A base, a segunda a ser aberta no exterior nos últimos anos, após a de Tartus, na Síria, será um centro logístico para manutenção técnica e reparo de embarcações.

De acordo com o documento bilateral, o local poderá acomodar ao mesmo tempo não mais de quatro navios de guerra e terá uma capacidade máxima de 300 operadores militares e civis.

A segurança da base será fornecida pelo pessoal militar russo e do Sudão, ao qual Moscou se comprometeu a fornecer armas e equipamentos militares gratuitamente.

Os especialistas acreditam que o espaço fortalecerá a crescente presença da Rússia no continente e ampliará o potencial operacional da frota em missões internacionais como o combate à pirataria ao longo da costa do Chifre da África.

Em novembro de 2017, o então Presidente do Sudão, Omar al Bashir, propôs a Putin o estabelecimento de uma base militar russa no território de seu país.

Al Bashir pediu a ajuda da Rússia para se proteger do que definiu como “ações agressivas dos Estados Unidos” e acusou Washington de ser responsável pelo desmembramento do Sul do Sudão, que após décadas de guerra civil se tornou um país independente em 2011.

A fim de restabelecer os laços da antiga União Soviética com o continente, Putin presidiu a primeira cúpula Rússia-África em Sochi, no ano passado. A reunião contou com a presença de 43 líderes africanos, alguns dos quais expressaram um forte interesse em adquirir armas russas.

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