O líder da Rússia, Vladimir Putin, advertiu nesta quinta-feira (25) sobre “graves consequências” se as potências ocidentais introduzirem restrições no preço do petróleo da Rússia.
Durante uma conversa telefônica com o primeiro-ministro do Iraque, Mohamed Shia al-Sudani, Putin enfatizou que “tais ações contradizem os princípios que regem as relações de mercado e muito provavelmente terão graves consequências para o mercado global de energia”.
Putin e Sudani debateram os planos do Ocidente e o trabalho de Rússia e Iraque no âmbito das reuniões da aliança da Opep+ para garantir a estabilidade do mercado de petróleo.
A Rússia tem advertido reiteradamente que não fornecerá petróleo aos países que adotam tais limitações e tem previsto grandes problemas para as populações deles durante o inverno.
Além disso, de acordo com seu governo, também pode tomar medidas de retaliação, como a redução da extração de 530 milhões de toneladas neste ano para 490 milhões de toneladas em 2023.
Os governos da União Europeia não conseguiram chegar a um acordo na quarta-feira sobre um limite de preço para o petróleo russo que as potências do G7 querem impor a Moscou como uma sanção pela guerra na Ucrânia.
O limite de preço não afeta diretamente a UE, que já decidiu proibir as compras de petróleo bruto russo a partir de 5 de dezembro (exceto as do oleoduto aproveitado pela Hungria), mas prejudicaria os navios de carga que o transportam, alguns dos quais de bandeiras de Grécia, Malta e Chipre.
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