O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o líder chinês, Xi Jinping, concluíram nesta segunda-feira (20) a reunião informal no Kremlin, após quatro horas e meia de conversa.
Xi, que chegou hoje à Rússia para uma visita de Estado, deixou o Kremlin ao término do encontro e de um jantar oferecido pelo seu mandatário russo.
No início da reunião, Putin admitiu ter “estudado cuidadosamente” as propostas de Pequim “para resolver a grave crise na Ucrânia”, e garantiu que teriam a oportunidade de discutir o plano de paz chinês “cara a cara” nesta tarde.
O Kremlin, que ressaltou a “posição equilibrada” de Pequim sobre o conflito, disse que Putin daria explicações definitivas a Xi sobre as causas do problema.
Tanto a Ucrânia como o Ocidente pediram para Xi usar a sua influência sobre o chefe do Kremlin para parar os combates o mais rápido possível.
Quanto à iniciativa chinesa, Kiev advertiu nesta segunda-feira que, antes que seja implementada, a Rússia deve retirar as suas tropas do território ucraniano, observando que o plano de Pequim não aborda a integridade territorial ou a anexação ilegal de quatro regiões ucranianas.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, deverá falar com Xi por videoconferência após a sua viagem à Rússia.
Não se sabe se os dois líderes discutiram o mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra Putin, embora Pequim tenha criticado o procedimento publicamente e a Comissão de Investigação da Rússia tenha aberto um processo penal contra o procurador e os três juízes do tribunal.
O Kremlin afirmou que Putin e Xi têm previsto assinar documentos na terça-feira, incluindo duas declarações sobre o reforço da cooperação estratégica e planos para a interação econômica até 2030.
Putin admitiu que esta segunda-feira seria dedicada a questões políticas e internacionais e a terça-feira a questões econômicas e projetos conjuntos.
O líder russo previu que o comércio ultrapassará a marca histórica de US$ 200 bilhões neste ano, em grande parte devido ao aumento do fornecimento de gás à China no contexto do boicote europeu pela invasão à Ucrânia.
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