Projeto Veritas expõe viés anti-Trump do Washington Post

11/12/2017 12:56 Atualizado: 11/12/2017 16:36

O Projeto Veritas publicou um novo vídeo secreto no dia 27 de novembro exibindo funcionários do The Washington Post explicando o viés do jornal contra o presidente Donald Trump e revelando a influência do CEO da Amazon, Jeff Bezos, que comprou o veículo de mídia por US$ 250 milhões em 2013.

O vídeo faz parte da série em curso ‘American Pravda’ (Verdade americana, em tradução livre), do Projeto Veritas, para investigar os vieses e os conflitos de interesse nos grandes meios de comunicação. A publicação sucede os vídeos em que a equipe da CNN disse que as reportagens sobre as investigações Trump‒Rússia eram tudo sobre índice de audiência, e os vídeos em que funcionários do New York Times disseram que o viés contra Trump é parte da cultura da empresa.

A exposição sobre o Washington Post começa com Dan Lamothe, um repórter sobre segurança nacional no jornal, dizendo a um repórter não identificado que há dois campos no noticiário do veículo quando se trata de cobertura política.

No aspecto noticioso, disse ele, os repórteres geralmente tentam criticar Donald Trump, mas “também lhe dão crédito onde há crédito”. Ainda, no aspecto editorial, disse ele, a “voz institucional do Washington Post” tem um forte e aberto viés.

“Eles têm se tornado tão críticos a ponto de que quando vou ler alguns deles eu falo, uau! Como eu trabalho para este lugar?”, disse Lamothe.

Ele disse que enquanto no aspecto noticioso alguns jornalistas ainda cobrem as notícias, no aspecto editorial o Washington Post “tenta, tipo, educar as pessoas, mas com um ponto de vista”.

Lamothe descreveu isso como “uma missão muito diferente”, e também observou que o veículo é criticado por sensacionalismo em certos tópicos, como o furacão Irma, enquanto por outro lado evita questões que afetam a todos, como a política.

Ele disse que no Washington Post, o foco em criticar Donald Trump “suga tanto oxigênio da sala [da Redação]. É simplesmente tanta ênfase no que ele disse e no que ele tuitou”.

“Eu não saberia lhe dizer quantas vezes recebemos um e-mail no trabalho: ‘Oh, você viu o que ele acabou de tuitar? O que vamos fazer sobre isso?'”, disse ele.

Lamothe acrescentou que vários outros meios de comunicação possuem um viés semelhante, observando que “alguns dos repórteres do New York Times estão muito acima do topo. A CNN está sempre acima do topo”. Ele disse que, pelo noticiário, pode-se levantar a questão de “quem é responsável pelo seu jornal?”

A segunda metade do vídeo apresenta um vídeo secreto de Joey Marburger, diretor de produção do Washington Post, que explanou quanta influência o proprietário, Bezos, mantém sobre a publicação.

“Eu falo com ele o tempo todo”, disse Marburger, referindo-se a Bezos e observando que “meu trabalho é basicamente responsável por todas as formas de interagir com o nosso jornalismo, exceto o impresso”.

Dentre os pontos-chave que ele revelou, se destaca que, quando o Washington Post mudou seu slogan para “Democracy dies in darkness” (Democracia morre nas trevas, em tradução livre), logo após as eleições, a frase foi selecionada por Bezos.

“Nós delimitamos isso para priorizar três linhas temáticas diferentes, e Jeff estava tipo, ‘você sabe? Eu acho que vamos simplesmente ir com “Democracy dies in darkness”. Sabe por quê? Porque ela está morrendo nas trevas agora'”, disse ele. “E nós estávamos tipo, dane-se [sic], vamos fazer isso. Então nós fizemos isso.”

Marburger também revelou que uma grande parte do tráfego de internet do Washington Post vem através da cobertura de Trump. “Se Trump simplesmente desaparecer amanhã”, disse ele, “nosso tráfego cairá em quarenta por cento.”

O Washington Post conseguiu obter as investigações do Projeto Veritas e publicou seu próprio vídeo e matéria antes da publicação, adotando alguns dos mesmos métodos envolvendo câmeras escondidas usados pelo Projeto Veritas.

Uma mulher que alegadamente teria trabalhado para o Projeto Veritas como repórter secreta se aproximou do Washington Post com afirmações falsas de que teria sido recrutada como uma adolescente por Roy Moore, um candidato nas eleições ao Senado do Alabama. As declarações falsas são semelhantes às reivindicações publicadas pelo Washington Post, que permanecem não comprovadas.

O Washington Post disse que a mulher, que usava o nome de Jaime Phillips, possuiria inconsistências em sua história e teria feito postagens anteriores na internet, o que poria em dúvidas suas intenções. Também alegou que os repórteres do Washington Post teriam visto a mulher entrar nos escritórios de Nova York do Projeto Veritas.

A razão pela qual as investigações de mídia que estamos fazendo são tão importantes é que a mídia provavelmente tem mais poder que o Congresso ─ tem mais poder que a legislatura. Informa a cultura — James O’Keefe, CEO do Projeto Veritas

O Projeto Veritas tem usado abertamente métodos similares no passado. Seu fundador e CEO, James O’Keefe, disse ao Epoch Times em uma entrevista anterior que, “para obter a informação para o público, temos que usar meios secretos e temos de ser guerrilheiros no modo de distribuir a informação porque estamos em desvantagem; porque enfrentamos forças esmagadoras que tentam nos derrubar, reprimir a verdade e difamar as pessoas”.

“A razão pela qual as investigações de mídia que estamos fazendo são tão importantes é que a mídia provavelmente tem mais poder que o Congresso ─ tem mais poder que a legislatura. Informa a cultura”, disse ele.

O Washington Post enviou jornalistas para entrevistar e gravar O’Keefe fora de seus escritórios e publicou os vídeos on-line. No vídeo, O’Keefe diz ao repórter: “Eu acho muito fofo que vocês estejam pegando emprestado nossas técnicas”.

Mais tarde, O’Keefe se aproximou dos repórteres do Washington Post com sua própria câmera para fazer perguntas, o que resultou em ambos os lados tentando brevemente entrevistar o outro.

O vídeo expondo o Washington Post é o primeiro de uma série que o Projeto Veritas planeja publicar pela empresa.

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