Por EFE
Paris, 14 mai – A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) reconheceu um projeto do Brasil e um da Espanha com o Prêmio Rei Hamad Bin Isa-Al Khalifa nesta quinta-feira pelo uso das tecnologias de informação e comunicação para inovar na educação.
O Programa Letrus de Desenvolvimento da Escrita, desenvolvido pela empresa Letrus, tem como objetivo reduzir o analfabetismo funcional na língua portuguesa, melhorando as oportunidades de prática para alunos e professores do ensino médio.
O programa conta com inteligência artificial para que os alunos recebam retorno imediato do software que pode identificar padrões de escrita.
Já o Dytective, desenvolvido pela empresa Change Dyslexia, é uma ferramenta projetada para detectar dislexia em espanhol em aproximadamente 15 minutos e também fornece exercícios baseados em jogos para ajudar esses alunos a superar dificuldades na escrita e na leitura.
Os vencedores receberão US$25 mil em dinheiro cada e foram escolhidos entre 113 indicações apresentadas pelos governos dos Estados Membros da Unesco e organizações parceiras.
Criado em 2005 e apoiado pelo reino do Bahrein, a honraria, segundo a organização, premia anualmente indivíduos e organizações que fazem uso inovador de novas tecnologias para melhorar o ensino, a aprendizagem e o desempenho educacional em geral.
O tema desta edição foi o uso da inteligência artificial, e com isso a Unesco, que ainda não definiu a data da entrega da premiação, disse que visa promover aplicações eficazes e éticas da inteligência artificial na educação que são universalmente disponíveis.