Por Agência EFE
O Reunião Nacional, partido de direita liderado por Marine Le Pen, venceu neste domingo (26) as eleições europeias na França, superando o Em Marcha, do presidente do país, Emmanuel Macron, segundo projeções feitas pela imprensa local.
Antiga Frente Nacional, o partido de Le Pen teria repetido triunfo no pleito europeu de 2014 e obtido 24% dos votos, uma pequena vantagem para a legenda de Macron, que ficou com 22%.
A grande surpresa, de acordo com as pesquisas, foi o desempenho dos Verdes, que se tornariam a terceira força do país no Parlamento Europeu, com 11% da preferência dos franceses.
O comparecimento às urnas teria sido de 52%, uma forte alta em relação às eleições de 2014, quando 42% dos eleitores exerceu o direito de escolher os representantes da França na Eurocâmara.
Caso confirmados os resultados na apuração, os ecologistas teriam superado Os Republicanos, principal grupo conservador da França, que ficou com 8%. Já o esquerdista França Insubmissa e o Partido Socialista, do ex-presidente François Hollande, empataram em 6%.
Após a divulgação das projeções, calculadas a partir da apuração parcial dos votos no país, o líder da chapa da direita, Jordan Bardella, comemorou a vitória e disse que o resultado é uma “lição de humildade” para Macron.
O aliado de Le Pen também pediu uma mudança de rumo na política francesa e disse que o Reunião Nacional, que mudou de nome no ano passado, se tornou o principal partido do país.
A legenda liderada por Le Pen já havia ganhado as eleições europeias de 2014 na França. O possível resultado deste ano mantém uma tradição no país: o partido do presidente só venceu o pleito europeu em apenas duas ocasiões.
Quem também já está comemorando os resultados deste domingo é o líder da chapa dos Verdes, Yannick Jadot, que colocou o partido como principal força política entre os jovens.
“Uma onda verde chega à Europa”, afirmou.
O cabeça de chapa dos Republicanos, Laurent Wauquiez, afirmou que o péssimo resultado do partido se deve à polarização do voto entre a direita e Macron, um fator que também afetou a esquerda.
O França Insubmissa, de Jean-Luc Mélénchon, esperava se tornar o quarto principal partido do país no Parlamento Europeu e pode ter obtido apenas 6% dos votos, resultado bastante inferior aos 19% registrado pelo candidato nas últimas eleições presidenciais.
Já o Partido Socialista, que governava o país até 2017 com Hollande, quase não conseguiu superar a barreira de 5% para eleger representantes para a Eurocâmara.