As companhias marítimas chinesas COSCO, OOCL e Evergreen Marine decidiram suspender o transporte de cargas na rota do Mar Vermelho, uma das principais vias marítimas do mundo que liga Europa, Ásia e África.
As três empresas, entre elas a estatal China Ocean Shipping Company, conhecida como COSCO, uma das maiores empresas de transporte marítimo do mundo, notificaram verbalmente os seus clientes sobre a suspensão da carga, informou hoje o portal de notícias “The Paper”.
A Evergreen Marine, cuja sede está localizada em Taiwan, afirmou hoje que, “diante da feroz escalada da situação de guerra nos últimos dias”, suspenderá com efeito imediato o serviço de importação e exportação de Israel “devido ao aumento dos riscos e considerações de segurança”.
Já a OOCL, empresa de navegação com sede em Hong Kong, anunciou ainda no sábado que, “devido a questões operacionais, suspenderá a aceitação de carga de e para Israel com efeito imediato até novo aviso”.
Na sexta-feira passada, os grupos marítimos Maersk e Hapag-Lloyd anunciaram a suspensão temporária da navegação pelo Canal de Suez e pelo Mar Vermelho, depois de vários navios terem sido atacados nos últimos dias ao largo da costa do Iêmen.
Outros grupos apoiaram esta decisão e aderiram à suspensão temporária sem especificar uma data para retomar a navegação pela rota.
Os houthis lançaram várias rajadas de mísseis e drones contra o sul de Israel nos últimos dois meses, e também contra navios com bandeira do Estado judeu ou pertencentes a empresas israelenses no Mar Vermelho e no Estreito de Bab al Mandeb.
A última sexta-feira foi o dia mais violento contra a navegação marítima internacional nessa região, depois de pelo menos três navios terem sido alvos de ataques, dois deles reivindicados pelos houthis, movimento apoiado pelo Irã.