Por Jack Phillips
O primeiro-ministro de Israel, Naftali Bennett, e o ministro das Relações Exteriores de Israel concordaram em apresentar um projeto de lei para dissolver o Parlamento, segundo um anúncio na segunda-feira, semanas antes da visita do presidente Joe Biden ao país.
Bennett se afastará para ser substituído pelo ministro das Relações Exteriores Yair Lapid, parceiro de Bennett na improvável coalizão de opostos que encerrou o governo recorde de 12 anos do ex-primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, há cerca de um ano,segundo um comunicado de seu gabinete. Essa está programada para ser a quinta eleição em Israel em quatro anos.
Na declaração Bennett confirmou que Lapid “em breve assumirá o cargo de primeiro-ministro segundo um acordo entre nós”.
“Não é um momento fácil, mas tomamos a decisão certa”, disse Bennett.
“Fizemos tudo o que podíamos para manter este governo. Não deixaremos pedra sobre pedra”, disse o primeiro-ministro, acrescentando que na semana passada uma lei sobre assentamentos israelenses expirará e causará o “caos”. Ele continuou: “Não podíamos deixar isso acontecer. Portanto, decidimos ir para a eleição para evitar isso”.
Lapid, um ex-jornalista que lidera o maior partido da coalizão, servirá como primeiro-ministro interino até que novas eleições possam ser realizadas.
“Precisamos enfrentar o custo de vida, fazer a campanha contra o Irã, o Hamas e o Hezbollah e enfrentar as forças que ameaçam transformar Israel em um país não democrático”, disse Lapid em um comunicado sobre seus planos enquanto estiver no cargo.
O colapso do governo ocorre menos de um mês antes da visita de Biden a Israel, prevista para 13 de julho. Pelo acordo entre Bennett e Lapid, assim que o Knesset for dissolvido e uma eleição for convocada, Lapid se tornará o primeiro-ministro interino.
O líder da oposição e ex-primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, chamou a decisão de “ótimas notícias” e acrescentou que deseja formar um amplo governo nacional após as novas eleições.
“Está claro para todos que este governo, o maior fracasso da história de Israel, está no fim de seu caminho”, disse Netanyahu em um vídeo no Twitter, acrescentando que o atual governo depende muito de apoiadores do “terror”, e que também “negligenciou a segurança pessoal dos cidadãos de Israel” e “elevou o custo de vida a novos patamares”, de acordo com uma tradução.
No início deste mês, a Casa Branca confirmou que Biden visitará Israel, a parte da Cisjordânia de Israel e a Arábia Saudita, em julho.
O embaixador dos EUA em Israel, Tom Nides, disse ao site Axios que “a viagem de Biden a Israel acontecerá conforme o planejado” após o anúncio de segunda-feira.
A Reuters contribuiu para esta reportagem.
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