Primeiro caso da variante Ômicron detectado nos EUA

'Sabíamos que era apenas uma questão de tempo', declara Fauci

02/12/2021 09:26 Atualizado: 02/12/2021 09:26

Por Zachary Stieber

O primeiro caso da nova variante do vírus do PCC (Partido Comunista Chinês), Ômicron, foi detectado na Califórnia, afirmaram autoridades no dia 30 de novembro.

Sequenciamento genômico conduzido na Universidade da Califórnia – São Francisco e revisado por cientistas dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças, confirmou que a infecção foi causada pela nova variante da COVID-19.

O paciente viajou da África do Sul em 22 de novembro, começou a apresentar sintomas em 25 de novembro e testou positivo para a COVID-19 em 29 de novembro. A pessoa, um residente de São Francisco que não foi identificado publicamente, está em auto isolamento.

Todos os contatos próximos do paciente foram contatados e, até o momento, todos apresentaram resultado negativo para a COVID-19, a doença causada pelo vírus do PCC.

“Sabíamos que era apenas uma questão de tempo antes que o primeiro caso da Ômicron fosse detectado nos Estados Unidos”, declarou o Dr. Anthony Fauci, o diretor de longa data do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas, para jornalistas em Washington.

O paciente está totalmente vacinado. Ele ou ela está apresentando sintomas leves que estão melhorando, segundo as autoridades.

“Algumas pessoas podem afirmar: ‘Isso é preocupante, isso significa que as vacinas não estão funcionando?’ Temos falado há meses sobre o fato de que as vacinas fazem uma coisa muito, muito importante: protegem contra casos graves da doença, contra a hospitalização e a morte”, relatou o Dr. Mark Ghaly, secretário de saúde da Califórnia, para repórteres, em uma clínica de vacinas em Fresno, na Califórnia.

Ghaly observou que o fato dos sintomas não serem mais graves é “um testemunho da importância das vacinas”.

A proteção às infecções, apresentada pelas vacinas contra a COVID-19, cai drasticamente com o tempo, demonstram os estudos. Sua proteção contra casos graves da doença se mantém em grande parte, embora algum declínio na eficácia ao longo do tempo tenha sido visto, o que levou às recomendações de que todos os adultos devem tomar uma injeção de reforço da vacina.

Profissional da saúde realiza um teste para a COVID-19 no Laboratório Lancet, em Joanesburgo, no dia 30 de novembro de 2021 (Emmanuel Croset / AFP via Getty Images)
Profissional da saúde realiza um teste para a COVID-19 no Laboratório Lancet, em Joanesburgo, no dia 30 de novembro de 2021 (Emmanuel Croset / AFP via Getty Images)

Nenhum caso adicional, em potencial ou confirmado, da Ômicron foi identificado nos Estados Unidos até o momento.

A variante foi detectada pela primeira vez na África do Sul em novembro, embora cientistas nigerianos tenham encontrado uma amostra datada em outubro. Os Estados Unidos restringiram viagens da África do Sul e outros sete países africanos, em 29 de novembro, sob uma ordem do presidente Joe Biden. Os viajantes de outros países que entrarem nos Estados Unidos enfrentarão, em breve, regras mais rígidas.

Autoridades em todo o mundo impuseram medidas semelhantes, citando o surgimento da variante Ômicron na África.

Os especialistas não têm certeza se a Ômicron é mais transmissível ou se causa doenças mais graves. Eles também expressaram incerteza sobre se a variante escapa da imunidade, incluindo a proteção dada pelas vacinas, de maneira mais eficiente do que outras cepas.

Mas a Ômicron foi rotulada como uma variante de preocupação pela Organização Mundial da Saúde e pelo governo dos Estados Unidos com o temor de que ela possa se espalhar mais facilmente do que outras variantes e causar mais infecções invasivas ou casos entre indivíduos vacinados.

Conforme os cientistas correm para aprender mais sobre a variante, eles aconselham as pessoas o retorno ao distanciamento social e ao uso de máscaras, especialmente se não tiverem imunidade proveniente da vacinação ou infecção anterior.

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