Por Agência EFE
O governo do Peru anunciou na segunda-feira a provável entrada em seu território do coronavírus, tendo detectado quatro casos prováveis que estão sob observação, incluindo três cidadãos chineses da cidade de Wuhan (China), local que originou a epidemia.
A Ministra da Saúde do Peru, Elizabeth Hinostroza, informou durante uma atividade pública que os pacientes suspeitos de estarem infectados pelo coronavírus estão sendo monitorados no Hospital Casimiro Ulloa, localizado no distrito de Lima em Miraflores.
“Eles têm infecção respiratória leve. Temos que enfatizar que eles não têm um quadro clínico de infecção grave, como é o caso dos casos de coronavírus”, afirmou Hinostroza.
O Ministério da Saúde havia antecipado quarta-feira que estava pronto para diagnosticar o coronavírus por meio de metodologia molecular.
Os sintomas desta nova doença, chamada 2019-nCoV provisoriamente pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e que causou a pneumonia em Wuhan, são em muitos casos semelhantes aos de um resfriado, mas acompanhados de febre, fadiga, tosse seca e dificuldade em respirar
O novo coronavírus já deixou pelo menos 80 mortos entre os pelo menos 2744 infectados diagnosticados apenas na China.
Fora da China, no momento oito foram infectados na Tailândia (dos quais cinco já foram descarregados), cinco nos Estados Unidos e na Austrália e quatro em cada um dos seguintes países: Cingapura, Malásia, Taiwan, França e Japão (um curado). Três na Coreia do Sul, dois no Vietnã, dois no Canadá e um no Nepal.
Na América do Sul, há um caso suspeito no Equador, também de um cidadão chinês de 49 anos; enquanto o Brasil já descartou seis casos, o último na segunda-feira.
A chamada pneumonia de Wuhan lembra a crise do vírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS) há quase duas décadas atrás, que é geneticamente semelhante a esse novo coronavírus e que deixou mais de 600 mortos na China.