Os presos políticos nicaraguenses exilados de seu país natal depois de serem libertados da prisão chegaram nesta quinta-feira ao Aeroporto de Dulles, no estado da Virgínia, nos Estados Unidos, e foram transferidos para um hotel próximo.
O governo de Joe Biden está oferecendo assistência jurídica e médica ao grupo de prisioneiros libertos, incluindo Cristiana Chamorro, a candidata presidencial nicaraguense que teve a melhor chance de derrotar o ditador Daniel Ortega, assim como outros opositores, como Felix Madariaga e os líderes estudantis Lesther Alemán e Max Jerez.
O porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, confirmou à imprensa que os prisioneiros chegaram a Washington e disse que concordaram em viajar voluntariamente para os Estados Unidos.
Ele disse que as autoridades americanas se certificaram, antes do embarque, que “cada um deles desejava viajar para os Estados Unidos”.
Price explicou que embora a expulsão dos prisioneiros tenha sido “uma decisão unilateral do governo nicaraguense” que não foi negociada com Washington, os EUA “concordaram em recebê-los”.
“Temos orgulho em recebê-los nos Estados Unidos. É um passo positivo e construtivo do governo nicaraguense, mas não é uma panaceia para as preocupações que temos sobre a Nicarágua”, disse o porta-voz.
Por esta razão, Price frisou que as sanções contra a Nicarágua “permanecem em vigor” e insistiu para que o regime de Ortega tome novas “medidas” para atender as aspirações do povo nicaraguense, como respeitar a democracia e os direitos humanos.
Price explicou que o Departamento de Estado organizou o acolhimento dos 222 prisioneiros, incluindo um cidadão americano, “para que possam ficar em hotéis durante o seu primeiro período com a ajuda de ONG”.
Segundo constatou a Agência EFE, todo o grupo foi transferido para um hotel. O advogado Jared Genser, que representa os opositores Félix Madariaga e Juan Sebastián Chamorro, explicou que eles têm a opção de ficar no hotel ou sair com as suas famílias e amigos.
Durante horas, ativistas e parentes dos 222 presos políticos nicaraguenses exilados esperaram nesta manhã no Aeroporto Internacional de Dulles, perto de Washington, pelo reencontro.
Entre eles estava Alexa Zamora, membro da Unidade Nacional Azul e Branca, que disse à EFE que a libertação dos prisioneiros é “uma derrota política e moral” para Ortega porque “era insustentável continuar mantendo reféns pessoas com um perfil tão relevante”.
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